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Rui Rocha manifestou nesta sexta-feira o “repúdio total” aos fatos que envolvem Tiago Mayan Gonçalves, que seria seu adversário nas próximas eleições internas da Iniciativa Liberal. O líder dos liberais considera as condutas “inaceitáveis” e “graves” e já anunciou abertura de um processo disciplinar no sentido de “apurar as responsabilidades e as consequências” que uma conduta dessa natureza. No limite, reconheceu Rui Rocha, pode estar em causa a “expulsão” do partido.
O presidente da Iniciativa Liberal reagia assim à demissão anunciada por Mayan Gonçalves da presidência da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, uma das sete freguesias do município do Porto, depois de ter assumido ter falsificado um documento e duas assinaturas. De resto, o candidato da IL nas últimas presidenciais já fez saber que também estará fora da corrida eleitoral interna.
Além de anunciar a abertura de um processo disciplinar, Rui Rocha sugeriu que espera também que a Justiça se venha a pronunciar sobre o caso. “Do ponto de vista criminal, ninguém está acima da lei, muito menos alguém que tem responsabilidades de cargos públicos. As entidades judiciais devem fazer o seu trabalho e agir em conformidade.”
Enquanto isso, na rede social X, antigo Twitter, Carlos Guimarães Pinto veio pedir para Mayan Gonçalves sair pelo “próprio pé”. “Repúdio e, acima de tudo, decepção por alguém que teve a honra de ter sido o primeiro candidato presidencial apoiado pelo partido. Que Tiago Mayan proteja a imagem do partido que ajudou a fundar saindo pelo próprio pé, e que, após cumprir a punição adequada aos atos que confessou, recomponha sua vida fora da política. Um abraço para sua família que também deve estar passando por um momento ruim”, escreveu o ex-líder da IL.
Também a partir da X, Bernardo Blanco criticou duramente Mayan Gonçalves, exigindo sua expulsão. “Um membro da Iniciativa Liberal que comete tal crime só pode ser expulso. Você estava certo em admitir e renunciar. A pessoa em questão era a cara da oposição interna contra a liderança atual. Tenho certeza que os poucos que o apoiavam não têm nada a ver com essa situação. Não há culpa por associação em um partido liberal”, escreveu o deputado da IL.
Em questão está uma falsificação de assinaturas no âmbito das funções que exercia como prefeito. Na ata da reunião da junta de freguesia que o Observador teve acesso, datada de 4 de novembro, a pedido do júri do Fundo do Apoio Associativo, que tinha notado irregularidades, é referida a existência de “um documento falso com assinaturas apostas por outra pessoa ”.
“Nesta reunião, sendo confrontado com o referido documento, foi solicitado o esclarecimento, tendo o presidente da UF [União de Freguesias] confirmado que foi ele que elaborou o documento e colocou as assinaturas, atribuindo a si próprio tal responsabilidade, isentando de qualquer culpa todos os restantes membros do seu executivo e colaboradores”, pode ler-se no documento.
Seguindo o ocorrido, no documento que enviou aos assinantes do movimento Unidos pelo Liberalismo, que liderava até aqui, Mayan Gonçalves relatou o ocorrido e se justificou. “Venho por este meio comunicar-vos que, por considerar não estarem reunidas as condições pessoas para continuar a exercer o meu cargo de presidente da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, tomei uma decisão bastante ponderada de dele abdicar“, começou escrevendo.
Tiago Mayan repensa candidatura à IL após renúncia de presidência de junta por falsificar documento
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