Os combates na região de Kharkiv, no Nordeste da Ucrânia, entraram levante sábado no segundo dia, com Moscovo a reclamar a conquista de cinco aldeias e Kiev a certificar que estava a repelir os ataques e a lutar pelo controlo das povoações.
A Rússia lançou a invasão blindada na madrugada de sexta-feira, um ataque numa novidade frente que pode pressagiar uma investida mais ampla na região de Kharkiv ou ter uma vez que objectivo alongar as forças ucranianas, já sobrecarregadas, do lugar onde a ofensiva de Moscovo se concentra, na região leste do Donbass.
Kiev tem estado em desvantagem no campo de guerra há meses, com a tropa russa a seguir lentamente, principalmente na região de Donetsk, a sul, tirando partido da escassez de efectivos e de munições de artilharia da Ucrânia.
O Ministério da Resguardo russo informou num resumo que as forças de Moscovo tinham tomado as aldeias de Pletenivka, Ohirtseve, Borysivka, Pylna e Strilecha, na região de Kharkiv, numa invasão através da fronteira com a região russa de Belgorod.
Mas o governador de Kharkiv, Oleh Syniehubov, afirmou que os combates continuavam activos no território das cinco aldeias, situadas num relâmpago de três a cinco quilómetros da fronteira.
“Compreendemos claramente as forças que o inimigo está a utilizar no Setentrião do nosso território. Certamente que a escalada pode crescer, a pressão pode aumentar, eles podem substanciar as suas unidades militares, a sua presença militar”, disse.
O ministro referiu que não havia transe iminente para a capital regional de Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, e que não havia urgência de estrear a retirar os muro de 1,3 milhões de habitantes, apesar dos ataques regulares com mísseis e drones.
“Até ao momento, o inimigo continua a exercitar pressão no Setentrião da nossa região. As nossas forças repeliram nove ataques”, disse numa conferência de prelo.
Kiev enviou reforços para mourejar com os ataques russos e Nazar Voloshyn, porta-voz do comando oriental da Ucrânia, disse levante sábado que as forças ucranianas tinham conseguido sofrear as forças russas nas zonas fronteiriças onde não é evidente quem tem o controlo.
“O inimigo está localizado na ‘zona cinzenta’, não está a expandir-se. Estamos focados em apanhá-lo nas linhas das árvores, onde se pode esconder”, afirmou Voloshin.
A Rússia atacou pela primeira vez a região de Kharkiv em Fevereiro de 2022, no início da sua invasão em grande graduação, mas os soldados russos foram expulsos da maior segmento da província por uma contra-ofensiva-relâmpago ucraniana em Setembro desse ano.
A vizinha região russa de Belgorod tem sido cândido de ataques regulares de drones e artilharia ucranianos e o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, sugeriu em Março que Moscovo poderia tentar estabelecer uma zona-tampão dentro do território ucraniano.
As autoridades de Kiev têm afirmado repetidamente que não acreditam que a Rússia disponha das forças necessárias para tomar a cidade de Kharkiv.
O governador da região disse que as autoridades tinham retirado mais de 2500 pessoas da zona fronteiriça e que o esforço para sofrear os ataques russos continuava.
Numa enunciação, o Presidente Volodymyr Zelensky instou os aliados ocidentais de Kiev a acelerarem o fornecimento de armas que tinham prometido.
“É importante que os parceiros apoiem os nossos soldados e a segurança ucraniana com fornecimentos atempados. O pacote que realmente ajuda são as armas que chegam à Ucrânia, não exclusivamente as anunciadas”, disse.