O conjunto açoriano viu a subida assegurada uma hora antes de jogar no terreno do Mafra, uma vez que fica no segundo lugar com mais três pontos que o AVS e tem vantagem no confronto direto, numa fundura em que falta disputar somente uma jornada.
À mesma hora, jogou o Pátrio, que venceu por 3-2 em Tondela e é agora líder com 68 pontos, mais um que o Santa Clara, tendo também assegurado a promoção.
Comandados por Vasco Matos, os ‘encarnados’ de Ponta Delgada vão marcar presença no principal escalão do futebol português pela nona vez, depois de 1999/2000, 2001/2002, 2002/2003, 2018/2019, 2019/2020, 2020/2021, 2021/2022 e 2022/2023.
A melhor prestação na prova foi na temporada de 2020/2021, quando, sob o comando técnico de Daniel Ramos, terminou na sexta posição, com um totalidade de 46 pontos.
Na era seguinte, Ramos acabaria por transpor para o Al Faisaly e ser substituído por Nuno Campos, que mais tarde também deixou os Açores para dar lugar a Mário Silva. Apesar das mudanças no comando técnico, os açorianos acabaram em sétimo, com 40 pontos, atingindo a segunda melhor classificação da história do clube.
Em 2022/2023, temporada em que Bruno Vicintin assumiu a presidência da SAD, o Santa Clara não resistiu e desceu mesmo ao segundo escalão, cinco anos depois da promoção. Para registo ficam também as boas campanhas com o treinador João Henriques em 2018/2019 e 2019/2020, nas quais foi 10.º e nono classificado, respetivamente.
Na primeira vez que os açorianos disputaram a I Liga, em 1999/2000, a equipa na fundura orientada por Manuel Fernandes desceu, em seguida permanecer no último lugar com 31 pontos. Seguiu-se a presença em 2001/2002, ano em que foi 14.º disposto, com 37 pontos, antes de voltar a descer no ano seguinte, em seguida ter sido 17.º e penúltimo, com 35.
O atual técnico do Santa Clara, Vasco Matos, volta, desta forma, a estar envolvido numa subida ao principal escalão, depois de em 2021/2022 ter ajudado, uma vez que treinador-adjunto, o Mansão Pia a subir à I Liga.
Depois de três anos uma vez que ‘braço recta’ de Filipe Martins, Matos assumiu o projeto do Santa Clara esta temporada uma vez que treinador principal, incumbência que tinha ocupado entre 2017 e 2019 no Vilafranquense, e em 2019/2020 no Alverca.
Para além de ser a equipa com menos golos sofridos (19 no totalidade), o Santa Clara é também quem menos vezes perdeu esta era no segundo escalão. Curiosamente, os três desaires foram em morada e todos por 1-0, diante de Mafra, Pátrio e Paços de Ferreira.
Costinha (34 minutos) marcou de grande penalidade, Chuchu Ramirez (46) e Carlos Daniel (53) selaram a reviravolta, Daniel dos Anjos (57) igualou em novidade grande penalidade, mas, aos 90+5, Carlos Daniel ‘bisou’ e foi o ‘herói’ dos insulares.
O primeiro remate foi do Pátrio, que pressionou mais a equipa da morada nos primeiros minutos, mas o mais perigoso saiu do pé de Rui Gomes (11), ao fazer roçar a globo junto ao poste esquerdo da fronteira de Lucas França.
Depois, o estabilidade tomou conta da primeira segmento, com ambas formações a tentarem inaugurar o marcador, mas sem gerar grande risco junto das balizas adversárias.
Costinha (34 minutos) inaugurou o marcador, na marcação de uma grande penalidade, o que provocou maior intensidade no relvado e permitiu ao Tondela transpor em vantagem para pausa.
O Pátrio entrou na segunda segmento a marcar, segundos em seguida o assobio de David Rafael Silva, com um tento Chuchu Ramirez e, sem permitir que o Tondela tivesse grande tempo para reagir, Carlos Daniel (53 minutos) deu a volta ao jogo.
O Tondela voltou, porém, a igualar igualou o resultado, novamente na sequência de uma grande penalidade, desta vez convertida por Daniel dos Anjos, aos 57 minutos.
O repto seguiu mais intenso, mas equilibrado, apesar de sem grande risco junto das balizas, com exceção para um remate de Caros Daniel, aos 75 minutos, que obrigou a uma grande resguardo de Ricardo.
No tempo de ressarcimento, aos 90+5 minutos, Carlos Daniel cabeceou para o fundo da fronteira de Ricardo e deu a vitória ao Pátrio, que festejou no Estádio João Cardoso, em Tondela, o volta à I Liga.