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O desabafo foi feito na chegada (in)esperada ao 42º Congresso do PSD, em Braga. O ex-líder dp partido assumiu, sem titubear, que sua saída foi “um erro” e que seu coração “sempre” esteve no PSD.
Podia acontecer, e aconteceu, mas nem Hugo Soares esperava. Santana Lopes apareceu no Congresso do PSD em Braga. Por quê? Estava com saudades.
Questionado pelos jornalistas disse que marcava presença como “cidadão observador”.
“Venho ver e matar saudades. Todos nós na vida pessoal e política cometemos erros e hoje em dia sei que não correu bem uma opção que tomei em relação a afastar-me do partido”, desabafou, assumindo que cometeu “um erro”.
“A condição humana é estranha mas eu prefiro ser sincero e sempre disse que o meu coração está aqui”, disse o autarca independente da Figueira da Foz.
Questionado sobre quando decidiu vir para Braga ele compartilhou que foi durante esta semana porque “é um momento muito importante para o país” e por ser um prefeito apoiado pelo partido.
“(…) Eu faço o que acho que é a atitude mais correta”, disse, ressaltando que só hesitou em vir porque sabia que Luís Marques Mendes também estaria presente hoje no congresso do PSD.
“Sabia que vinha cá o doutor Marques Mendes, o quadro em que vinha, e não queria nenhuma confusão, agora achei que devia vir”, disse.
Questionado sobre que erros são esses que pretende reparar, Santana Lopes disse que são erros que todos, na vida pessoal e política, cometem.
“Hoje em dia sei que não deu certo uma opção que fiz em relação a me afastar do partido. Um erro e, quando cometemos um erro, não devemos nos colocar com grandes explicações. Se chegamos à conclusão de que foi um erro, assumi -lo. Mas talvez haja erros que, se voltássemos atrás, talvez faríamos os mesmos”, disse, afirmando que sempre disse que seu coração estava no PSD.
Nessas declarações aos jornalistas, Santana Lopes disse que sentiu “um alívio muito grande” quando soube que o secretário-geral do PS ia viabilizar o Orçamento do Estado, ressaltando que os seis meses de mudança do Governo já tinham sido muito “custosos para as autarquias e para o país em geral”.
“Agora a mesma coisa de novo, seria muito complicado. Então, respirei aliviado e todos nós respiramos com o senso de responsabilidade demonstrado por ambos os lados. Foi muito bom“, disse, manifestando a esperança de que este Governo cumpra a legislatura.
Santana Lopes considerou ainda que o nome de Leonor Beleza para primeira vice-presidente do partido é excelente e, questionado se considera que daria uma boa candidata presidencial, disse que sim.
“Mas agora a escolha dela é esta, e fico contente com isso. O país precisa de grandes valores”, respondeu.
O ex-primeiro-ministro considerou ainda magnífica a renovação dos órgãos nacionais do PSD decidida por Luís Montenegro, ressaltando que já há muito tempo é um “grande defensor” da separação entre os órgãos do partido e os do Governo.
“É uma opção muito inteligente, boa para o partido e para o país”, frisou.
Pouco depois das declarações, o presidente da mesa do Congresso, Miguel Albuquerque, pediu aplausos para a presença de Santana Lopes, como ex-líder do PSD, como havia feito momentos antes para Luís Marques Mendes.
Com LUSA
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