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Minhotos se reencontram com a vitória e superam os algarvios. Em jogo dominado pelo time da casa, Gharbi e El Ouazzani foram os autores dos gols que garantiram os três pontos e a confiança para o time de Carvalhal
O início de tarde na capital do Minho trazia uma atmosfera que parecia favorável ao SC Braga, mesmo que a equipe enfrentasse alguma pressão após uma série de resultados nada animadores. Carlos Carvalhal mexeu no onze inicial, realizando seis mudanças em relação ao último jogo, onde saíram derrotados (1-2) pelo Bodo/Glimt, na Liga Europa. Para o Farense, a história era outra. Vinha de duas vitórias seguidas, mas longe de Faro, o time de Tozé Marreco só havia conseguido conquistar um ponto: na estreia do atual treinador na Vila das Aves. Diante de um SC Braga ávido por recuperação, os algarvios tinham o desafio de segurar o ímpeto bracarense.
Desde o apito inicial, ficou claro quem dominaria a partida. O SC Braga assumiu o jogo desde os primeiros minutos, e Bruma, sempre ágil e desequilibrador, aproveitava as costas da defensiva algarvia. Foi ele quem criou o primeiro momento de perigo, obrigando o goleiro Ricardo Velho a fazer grande intervenção. No entanto, apesar do domínio evidente, o gol demorou a chegar. Bruma e Ricardo Horta tentavam insistentemente criar oportunidades, mas a falta de efetividade e alguma precipitação no último passe deixavam o marcador em branco.
O Farense, por seu turno, procurava responder em transições rápidas, mas mostrava dificuldades em sair com critério da sua própria área. A estratégia de Tozé Marreco passava por um bloco baixo e tentativas esporádicas de saída para o ataque, uma das quais aos 32 minutos, quando Derick Poloni surgiu em boa posição na área bracarense, mas Matheus, atento, negou-lhe o golo com uma boa defesa.
Quando já se sentia certa ansiedade nas arquibancadas, eis que o talento individual de Bruma entrou em cena para destravar o resultado. Em arrancada pela esquerda, o ponta ultrapassou Raul Silva e cruzou com precisão para Gharbi, que, com um chute certeiro, abriu o placar aos 41 minutos. Era o segundo gol do meia na Liga e um suspiro de alívio para os torcedores bracarenses, que finalmente viam o domínio traduzido em vantagem no marcador.
O intervalo trouxe mudanças no SC Braga. Carvalhal lançou El Ouazzani e Gabri Martínez para refrescar o ataque, e foi o avançado marroquino quem deu mais profundidade ao setor ofensivo, criando desequilíbrios na defesa algarvia. Aos 51 minutos, teve uma excelente oportunidade para marcar, mas a finalização não saiu como pretendido.
E assim aconteceu, aos 71 minutos, em jogada de bola parada. Rodrigo Zalazar, recém-entrado, deu a assistência que resultou no gol de El Ouazzani, que cabeceou de forma certeira no primeiro poste, ampliando a vantagem para os arsenalistas. Esse gol trouxe uma sensação de alívio para o técnico e para a torcida, que já se sentia mais confiante na vitória.
O Farense ainda tentou reagir com algumas mexidas, mas a consistência defensiva dos minhotos, liderada por Sikou Niakaté e Paulo Oliveira, impediu qualquer surpresa. Com o SC Braga controlando o jogo e Vítor Carvalho testando a barra já nos instantes finais, o resultado estava praticamente selado.
O apito final chegou para confirmar uma vitória justa, construída na superioridade do time da casa e na incapacidade do Farense de contrariar seu jogo. Os bracarenses conseguiram assim uma exibição sólida que lhes devolve ânimo e confiança.
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