O candidato da AD às europeias acusou esta segunda-feira o PS de não conseguir governar nem ter “horizonte na democracia portuguesa” sem o Chega e defendeu que será pior para os socialistas perder as europeias do que a coligação.

TIAGO PETINGA/LUSA
Num comício em Évora, Sebastião Bugalho disse querer fazer campanha com moderação e “sem ataques pessoais e remoques”, mas deixou críticas à postura do PS, depois de os socialistas terem pretérito meses “a exigir a Luís Montenegro que não governasse com o Chega”.
“Temos uma novidade que é um facto consumado: por fim quem não consegue governar sem a extrema-direita é o PS, quem por fim não consegue fazer uma campanha para as europeias sem a extrema-direita é o PS, quem não consegue revalidar zero no parlamento sem o Chega é o PS. Quem por fim não tem horizonte na democracia portuguesa sem o Chega é o PS”, acusou.
Tal uma vez que o presidente do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro, o cabeça de lista reconheceu que é difícil vencer as eleições europeias de dia 9 de junho.
“Eu não garanto zero, só o supremo de trabalho, capacidade e esperança” disse, mas avisou que será pior para o PS se perder as eleições de dia 9 porque “já perderam uma, já perderam duas, já perderam três”, referindo-se às legislativas e regionais dos Açores e da Madeira.
No primeiro dia de campanha, Sebastião Bugalho esteve no meio de Moura, onde se cruzou com familiares que lhe mostraram fotografias da mãe num consórcio realizado há 48 anos e viu o prédio da escola que a avó frequentou.
“Quis vir cá por esta relação sentimental”, justificou o candidato da AD, que contactou vários comerciantes, tendo mesmo entrado numa farmácia, enquanto dizia: “parece-me uma coisa a imitar o professor Marcelo (Rebelo de Sousa)”.
Seguiu-se uma breve visitante à Herdade do Esporão, em Reguengos de Monsaraz, onde admitiu estar muito entusiasmado, apesar de “só ter bebido chuva”, e se mostrou esperançoso na paixão dos portugueses pela Europa.
“Os portugueses têm uma paixão enorme pela Europa, mas as instituições europeias não estão a fazer tanto quanto podiam para ser a ponte para essa paixão”, considerou.
O que a equipa da AD pretende fazer no Parlamento Europeu nos próximos cinco anos é “aproveitar as potencialidades das instituições europeias para aproximar os portugueses dessa sua paixão europeia”, frisou.
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