Março 19, 2025
Seis alunos esfaqueados em escola da Azambuja
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As vítimas são cinco raparigas e um rapaz da Escola Básica da Azambuja. Uma das raparigas tem ferimentos graves, mas não corre perigo de vida. O autor do ataque usava um colete à prova de bala e feriu os colegas com uma faca. Uma testemunha relata um ambiente de “pânico”.

Seis alunos esfaqueados em escola da Azambuja

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Seis alunos entre os 11 e 14 anos foram esta terça-feira esfaqueados por um colega na Escola Básica 1, 2 e 3 de Azambuja. O atacante, que já está a ser ouvido pela PJ, usava um colete à prova de bala. A direção da escola informa que as aulas vão decorrer “normalmente” na quarta-feira.

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O atacante, de 12 anos, aluno na escola, ficou retido pela GNR numa sala de aula, enquanto esperava pela chegada da Polícia Judiciária (PJ). De acordo com as autoridades, usava um colete à prova de bala. Atacou os colegas – cinco raparigas e um rapaz – com uma arma branca no corredor de acesso às salas de aula.

As vítimas são seis alunos da escola, de turmas diferentes, com idades entre os 11 e os 14 anos. Foram levadas para o hospital.

Uma das vítimas, uma rapariga de 12 anos, tem ferimentos graves, mas não corre perigo de vidaconfirma a Proteção Civil e a GNR. Foi inicialmente transportada para o Hospital de Vila Franca de Xira e posteriormente transferida para o Santa Maria. A agência Lusa acrescenta que tem lesões no tórax e na cabeça.

Um professor terá tido um ataque de pânico na sequência do esfaqueamento, informa a Proteção Civil à SIC.

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O presidente da Câmara da Azambuja, Silvino Lúcio, está no local.

À agência Lusa, conta que as auxiliares “aperceberam-se de uma situação anormal, de gritos e de histerismo”. Chamaram o atacante, “demoveram-no, aproximaram-se dele”.

O alerta foi dado às 14:14 horas. Para o local, foram acionadas cinco ambulâncias dos bombeiros da Azambuja. O INEM acionou uma equipa de psicólogos para a escola.

O autarca recusa que seja uma escola problemática.

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A PJ está a realizar perícias no local.

Escola diz que foi “ato isolado” e que aulas vão decorrer “normalmente”

A diretora da Escola Básica da Azambuja diz que o esfaqueamento foi um “ato isolado”.

Em comunicado, Maria Madalena Miranda Tavares diz que a situação está “normalizada”. Na quarta-feira, as aulas vão decorrer “normalmente”acrescenta.

Ministério da Educação “condena veemente” o ataque

O Ministério da Educação “condena veemente” qualquer ato de violência “dentro e fora da escola”. Numa nota enviada às redações, informa que o ministro, Fernando Alexandre, entrou “de imediato” em contacto com a direção do agrupamento para se “inteirar da situação” e mantém-se a “acompanhar a evolução do estado de saúde” dos alunos feridos.

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“Vi alunos cheios de sangue e as crianças todas a chorar”

Ana Paula, mãe de alunos da escola na Azambuja onde vários menores foram esfaqueados por um colega, relata o cenário de “pânico” vivido no estabelecimento de ensino.

A encarregada de educação, que no momento do esfaqueamento se encontrava à porta da escola à espera dos filhos de 10 anos, conta que viu muitas crianças a chorar e alunos ensanguentados.

“Um aluno chegou à porta da escola e disse que havia outro a esfaquear no segundo piso”, afirma, acrescentando que entrou no estabelecimento a “correr para procurar os filhos”.

Em direto na SIC Notícias, relata que viu três alunos “sentados com muito sangue”tapados por um lençol. Descreve uma situação “horrível”, de “pânico”.

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Ana Paula conta que, desesperada, “demorou a encontrar os dois filhos” que frequentam o quinto ano. Assim que os encontrou, fugiu do local.

A encarregada de educação destaca que os filhos estão “em pânico” e que não querem regressar à escola.

“Tirou uma faca da mochila e começou a esfaquear indiscriminadamente”

Um aluno menor de idade atacou os colegas com uma arma branca – de maneira “indiscriminada”segundo explica à SIC Notícias, o presidente da Câmara Municipal da Azambuja, Silvino Lúcio, que se encontra nenhum local.

“O aluno saiu para almoçar e voltou para a escola com a sua mochila, como normalmente, e retirou [lá de dentro] um colete à prova de bala, que seria do pai, e uma faca”, descreve o autarca.

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Já dentro do recinto escolar, o jovem começou a esfaquear os colegas à medida que foram aparecendo.

“Não havia um alvo, nem o objetivo de agredir uma pessoa específica” e só foi parado por uma auxiliar, que não ficou ferida, acrescenta o presidente da Câmara Municipal.

O autarca avança que já está a ser prestado serviço psicológico aos alunos, pais, auxiliares e ao próprio autor do ataque.

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