Maio 9, 2025
Semana Santa: Papa de Coimbra denunciou a «insensibilidade da humanidade» perante sofrimentos «injustos»

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Na homilia da celebração dos Ramos, D. Virgílio Antunes alertou para o sono, porquê o dos discípulos, que «primeiro dormem e depois se retiram em debandada»

Coimbra, 25 mar 2024 (Ecclesia) – O prelado de Coimbra atualizou os convites da celebração da paixão do Senhor e alertou para o “sono dos discípulos”, na homilia da celebração dos Ramos, neste domingo, 24 de março, na Sé Novidade.

“Se nos impressiona a atitude dos discípulos, que primeiro dormem e depois se retiram em debandada, fortalece-nos José de Arimateia, que, ardentemente vai à presença de Pilatos e pede o corpo de Jesus, muito porquê a fé e o paixão das mulheres, que não arredam pé e acompanham de coração Jesus e os acontecimentos, na esperança da feliz legado”, disse D. Virgílio Antunes, na Sé Novidade.

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O prelado de Coimbra, na homilia deste Domingo de Ramos, explicou que a celebração da paixão do Senhor convida a serem “vigilantes com Ele no caminho de fé, veemente e sentenciado”, apesar de todas as contrariedades e derrotas.

“Convida-nos a estarmos vigilantes enquanto Igreja, que está no mundo para ser sacramento da salvação de Deus, pois mesmo que nos sintamos poucos e pequenos, não ficaremos desiludidos; convida-nos ainda a uma solidariedade e irmandade na verdade e na filantropia com toda a humanidade, que precisa de quem a seguir, levante a voz para o patrono e ofereça a vida para a resgatar das injustiças que a atormentam”, desenvolveu.

Segundo D. Virgílio Antunes, aquilo que “mais fez suportar Jesus” não foi a oferta da sua vida, mas “a injustiça daquele gesto, marcado pelo ódio e pela totalidade carência de paixão”, enquanto o “silêncio dos discípulos”, a sua insensibilidade, o seu sono e a “sua incapacidade de O acompanharem vigilantes, pesou mais sobre Ele do que a própria cruz”.

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Na Sé Novidade de Coimbra, o prelado diocesano também atualizou o “sono dos discípulos” para os dias de hoje, começando por indicar que evoca “as noites da fé pessoal, as noites da insensibilidade ao paixão de Deus revelado na paixão e na morte de Jesus ”.

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“O sono dos discípulos evoca também as noites da fé da Igreja, preocupado com coisas insignificantes e banais, mas adormecida para o pregão da Boa Novidade que liberta, tratamento e salva”, realçou, na homilia publicada no site online da Diocese de Coimbra.

D. Virgílio Antunes alertou ainda que o sono dos discípulos, hoje, evoca a “insensibilidade da humanidade” diante dos “sofrimentos injustos dos irmãos e irmãs a quem é tirado a vida, a honra e a esperança, porquê se zero acontecesse”, e lamentou que são inúmeras as situações em que isso acontece diariamente “diante dos olhos anestesiados pelo sono da indiferença”.

A Igreja Católica inicia, com o Domingo de Ramos, a Semana Santa, momento meão do ano litúrgico, que registra os dias da prisão, julgamento e realização de Jesus, culminando com a Páscoa, celebrando da ressurreição de Cristo.

CB/PR

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