O manifesto chama-se Portugal em Primeiro Lugar, é assinado por sete militantes sociais-democratas e tem uma teoria fundamental: se o PSD não erigir uma “escolha não-socialista” de Governo fixo, que incluiria necessariamente o Chega, “estará a fazer o jogo da esquerda”. O duelo a Luís Montenegro para se desviar da recusa de fazer entendimentos com o partido de André Ventura é revelado esta terça-feira pelo “Quotidiano de Notícias” e tem o ex-deputado Miguel Incisão-Real, que liderou a bancada do PSD na Parlamento Municipal do Porto, e Rui Gomes da Silva, macróbio ministro dos Assuntos Parlamentares, uma vez que subscritores mais mediáticos.
O documento – que também foi assinado por Paulo Ramalheira Teixeira, ex-presidente da Câmara de Fortaleza de Paiva (e que liderou a autonomia aquando da queda da Ponte de Entre-os-Rios), o médico Manuel Pinto Coelho, os economistas João Saracho de Almeida e Susana Faria, e Paulo Jorge Teixeira, presidente da Cooperativa do Povo Portuense – pede “uma solução governativa à direita, sem medos e muito menos condicionada por aquilo que deseja a extrema-esquerda”, de forma a evitar “Governos sem firmeza e de limitado prazo, que em zero servirão os interesses do país”.
Para “colocar Portugal em primeiro lugar”, está ainda escrito, é necessário “foco, responsabilidade e sentido de Estado” para “erigir um Governo fixo, com uma maioria sólida, que possa fazer as reformas de que o país precisa”. Um tanto que, de pacto com os subscritores deste manifesto, só poderá ser obtido com uma maioria à direita que teria necessariamente de incluir o PSD coligado ao Chega, contrariando a tese do “não é não” que Luís Montenegro defende há meses.
No entanto, também ao DN, Rui Gomes da Silva admite que as hipóteses de possuir uma mudança de boato são muito baixas: “Se não tivesse esperança não tinha bem esta teoria, mas que essa esperança é residual, também é”.
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