Atualmente, porquê é o processo criativo de vocês? O artista participa de alguma forma?
Depende muito de quem atendemos, mas é tudo sempre com muita flexibilidade. Costumamos expor que o papel aceita tudo (risos), mas quando você passa para o desenvolvimento, modelagem, você realmente consegue ver o que dá notório e o que não funciona. De uma forma universal, sempre tem um pouco do artista, da equipe de styling e um pouco da gente. Mas de uma maneira universal, os artistas sempre participam sim da elaboração das peças.
Muitos desenvolvimentos já vêm pensados, mas muitos somos nós que fazemos. A Iza por exemplo consome muito nossas peças que já estão prontas. Ela vê, gosta e quer pra ela.
Quantas peças sob encomenda vocês chegam a produzir por mês? Existe qualquer período que altere significativamente a demanda?
A média de produção é de 20 peças por mês, mas isso realmente varia. Geralmente fica entre 20 e 30.
A demanda é bastante subida durante o ano todo, mas dois períodos terminam a ser mais intensos, o término de ano com as festividades e o período que antecede a esse com os festivais de música e grandes premiações. Quando há algumas baixas, desenvolvemos peças de pilha, especificamente para aprimorar algumas ideias, estudar possibilidades, explorar universos novos e aprimorar nossa estética.
E quanto custa em média uma peça da marca?
Diego: Se você chegar no ateliê para pedir uma peça nossa, conseguimos entregar desde um Fusquinha até uma Ferrari! Vai muito do sonho de cada cliente. Varia de conciliação com o tempo, nível de detalhes… as nossas peças mais simples, menos “carregadas”, custam em torno de 2 a 3 milénio reais.
Felipe: Mas por exemplo, muitos dos figurinos que fizemos para o (carnaval) ‘Ivete 30’ passam dos seis dígitos. Todos envolvem muito material, muita mão de obra, uma fardo horária extremamente extensa. A saia de plumas é gigante, as plumas foram aplicadas fio a fio, 12 pessoas trabalhando 45 dias seguidas só nisso.
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