Setembro 19, 2024
Sky Brown, a skater de 16 anos que escreveu um livro infantil, vai a Paris já de olho em surfar nas ondas da Califórnia
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Sky Brown, a skater de 16 anos que escreveu um livro infantil, vai a Paris já de olho em surfar nas ondas da Califórnia #ÚltimasNotícias #Portugal

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No livro infantil “The Life-Changing Magic of Skateboarding” [“A Magia Transformadora do Skate”, em tradução livre] a protagonista é ilustrada com joelheiras por cima das calças, cotoveleiras e capacete, o antídoto possível para as quedas. A inércia dos cabelos castanhos atrasa-os em relação ao corpo que veleja em cima da tábua. A história é narrada na primeira pessoa. Foi Sky Brown que sussurrou à pena (ou às teclas, porque estamos a falar de uma adolescente) o que queria que as páginas do seu livro soubessem sobre ela. A desvantagem de se escrever um livro com contornos biográficos aos 16 anos é o iminente risco de desatualização. Por certo, não se importará de atualizar alguns detalhes na altura de lançar a próxima edição.

Numa das ilustrações, Sky Brown foi desenhada no pódio. É o retrato de uma memória histórica do desporto britânico. Naquele dia, em Tóquio, tornou-se na medalhada olímpica mais nova de sempre do Reino Unido ao ficar em terceiro lugar na vertente de parque do skate. Tinha apenas 13 anos.

Continua a não ser velha. Ainda não ultrapassou os 16 anos sequer, mas, em Paris, vai participar pela segunda vez nos Jogos Olímpicos. É dessa experiência que se serve para ter sonhos de adultos, como os que partilhou com o “Telegraph”. “Sempre adorei ensinar e especialmente em lugares desfavorecidos”, explicou. “Viajo para muitos sítios desde pequena. Fui ao Camboja a uma escola de surdos onde há um sítio para eles andarem de skate. Vi o quão grande era o sorriso deles quando aprendiam um novo truque”.

Para Sky Brown, cedo o mundo se tornou um lugar ideal. Aos 10 anos, assinou contrato com a Nike, sendo a mais nova de sempre a fazê-lo. Era uma altura que o capacete parecia um acessório desajustado ao tamanho da sua cabeça, mas foi esse capacete que lhe salvou a vida quando sofreu uma queda a mais de 4,5 metros de altura enquanto treinava nas instalações de Tony Hawk, lenda do skate insistente em vaticinar um futuro glorioso para o prodígio.

A skater nascida no Japão não é igual aos outros jovens apenas por gostar de fazer danças virais no TikTok. As dúvidas também a assombram. Ou então é a energia associada à meninez a reclamar por mais sítios onde possa ser gasta. Ou então é o desejo incessante de querer o mundo. Ou então é a falta de talento para tomar decisões. Pouco importa. Enquanto está ocupada a ser uma das melhores do mundo no skate, Sky Brown tenta também sê-lo no surf.

Pense-se na rotina de uma jovem de 16 anos a viver em Los Angeles e compare-se essa mesma sequência demasiado lógica de organização do dia com a dos restantes membros da faixa etária. Sky Brown acorda às cinco da manhã e vai para o mar praticar surf. É demasiado empenho para não dar a entender que quer chegar mais longe um dia. Saindo da espuma das ondas, regressa a terra, tem aulas on-line e, de tarde, passa óleo nas manobras de skate que repete as vezes necessárias para saírem perfeitas. E ainda há tempo para os amigos. Por muito que a radicalidade introduza alguns imprevistos pelo meio, não parece melhor do que ir de casa para as aulas e das aulas para casa?

Pode não parecer, mas o surf não é (mesmo) um passatempo. A tentativa de se qualificar para os Jogos Olímpicos também na modalidade dos exploradores de montanhas aquáticas acabou por não ser bem-sucedida. Porém, existiu e Sky Brown dedicou-se profundamente a ela, mas acabou eliminada dos World Surfing Games antes de conseguir o apuramento para a prova que decorreu no Taiti, a 15 mil quilómetros de Paris. Disse estar “super orgulhosa” pelo percurso na qualificação e espera que, em Los Angeles, onde se vão realizar os próximos Jogos Olímpicos, “o possa conseguir”.

Imagine-se a logística de participar, em simultâneo, nas duas competições… Na verdade, até a presença no skate esteve em risco. Embora continue a ser candidata ao ouro que perdeu em Tóquio para a japonesa Sakura Yosozumi, a jovem vai chegar a Paris após sofrer uma lesão no ombro à qual vai ter que ser operada depois de, espera ela, se tornar na campeã olímpica mais nova do Reino Unido.

“A minha mensagem é ‘o que não te mata, torna-te mais forte’ por mais desgosto que isso seja”.

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