Novembro 8, 2024
Sondagem Católica.  AD mantém-se avante de um Parlamento fragmentado

Sondagem Católica. AD mantém-se avante de um Parlamento fragmentado

À medida que a campanha se aproxima da reta final, os participantes vão ficando um pouco mais esclarecidos e decididos em relação ao seu voto. Mas, de convénio com a sondagem da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e Público, ainda há 16 por cento de indecisos. Na última sondagem foram 20 por cento.


Neste questionário, a AD e o PS sobem predominantemente, mas mantém-se a diferença de 6 por cento entre os dois partidos registados na última sondagem. A AD tem 34 por cento dos votos e o PS conta com 28 por cento.

Segue-se o Chega, que desce avançou (16%) mas continua a ser a terceira força política, a uma larga intervalo dos dois primeiros. A Iniciativa Liberal mantém-se nos 6 por cento, assim uma vez que o Conjunto de Esquerda, com uma estimativa de 5 por cento dos votos, tal uma vez que na última sondagem.

Quem sobe mais nesta estimativa em relação à anterior é a mesma CDU, que passa a ter 5 por cento dos votos. Segue-se o Livre, que desce progressivamente para os 3 por cento e o PAN, que desce para 1 por cento.


As contas feitas, a distribuição de mandatos mantêm-se praticamente inalteradas na conferência com a sondagem de 28 de fevereiro. Tal uma vez que nesse questionário, prevê-se que nenhum dos partidos alcance os 116 deputados necessários à formação de uma maioria absoluta.

A Associação Democrática consegue, na melhor das hipóteses, obter até 98 mandatos. O Chega pode conseguir entre 33 e 41 deputados, uma enorme subida em relação às eleições de 2022, em que garantiu 12 mandatos. Já a Iniciativa Liberal poderá seleccionar entre seis e dez deputados.

Ou seja, um convénio hipotético entre AD e IL depois as eleições não seria suficiente para depreender a maioria absoluta, mas é ainda assim superior à atribuída de todos os votos à esquerda. Já a licença dos mandatos de AD e Chega permitiria depreender uma maioria absoluta mesmo com o pior resultado verosímil de ambos os partidos (121 deputados).

Destaque para o PS, que poderá obter entre 70 e 80 mandatos. Ou seja, na melhor das hipóteses, o partido liderado por Pedro Nuno Santos perdeu um terço dos 120 deputados que conseguiram seleccionar em 2022.

À esquerda, o Conjunto de Esquerda poderá obter entre quatro e sete mandatos (atualmente tem cinco deputados no Parlamento) e a CDU consegue entre quatro e seis deputados (elegeu seis deputados em 2022).

O Livre pode passar de um deputado único eleito há dois anos a um grupo parlamentar entre dois e deputado três. De convénio com esta sondagem, o PAN pode permanecer fora do Parlamento ou reeleger a deputada que já tem, na melhor das hipóteses.

Juntando-se a todos os partidos de esquerda e ao PAN, o PS ficaria aquém dos 100 mandatos, com 97 deputados.

As estimativas de resultados e distribuição de mandatos decorrem da intenção direta de voto resultante desta sondagem. Neste ponto, a AD tem 27 por cento de intenção direta de voto e o PS tem 22 por cento. Já o Chega tem 13 por cento e a IL conta com 4 por cento. Seguem-se o BE e a CDU, ambos com 3 por cento. O Livre tem 2 por cento e 1% para o PAN. Há 16 por cento que responderam que “não sabe”, outros 3 por cento dizem que não votariam e outros 3 por cento recusam-se a responder. A categoria “Outros, branco e nulo” também reúne 3 por cento.



Tendências sociodemográficas de voto
Levante questionário foi realizado pela Universidade Católica e a recolha de dados decorreu entre os dias 28 de fevereiro e 5 de março, em plena campanha eleitoral.

Uma vez que o voto antecipado já ocorreu no último domingo, 1 por cento dos inquiridos que responderam ao questionário indicado já ter votado. Entre os questionados que aceitaram responder, 85 por cento adiantam que irão certamente votar.

Tal uma vez que na sondagem da semana passada, a Universidade Católica voltou a traçar as tendências demográficas do voto por sexo, idade e nível de escolaridade. Há menos indecisos em relação à última semana, mas o número continua a ser bastante ressaltado em alguns grupos.

Com base nas respostas recolhidas neste questionário, 26 por cento das mulheres vão votar na AD e 22 por cento votam no PS, mas ainda há uma percentagem de 21 por cento que “não sabe” em quem irá votar.

A maioria dos votos dos homens também vai para a AD (27 por cento), seguindo-se o PS (22 por cento) e logo depois o Chega (20 por cento). Há ainda 11 por cento que não sabe a quem irá receber o seu voto.



Na subdivisão pelas várias faixas etárias, os concorrentes mais jovens, entre os 18 e os 35 anos, votaram maioritariamente na AD (25 por cento) e no Chega (18 por cento). Há ainda 16 por cento de indecisos. Seguem-se a Iniciativa Liberal (11 por cento) e só depois o PS.

Entre os 35 e os 64 anos, os eleitores deverão optar pela AD (26 por cento) ou pelo PS (19 por cento). No entanto, há uma percentagem ainda elevada de indecisos (19 por cento). Segue-se o Chega, com 16 por cento das intenções de voto.

Por término, entre os eleitores supra dos 65 anos, alarga-se a vantagem do PS em relação aos partidos restantes (36 por cento). Mais detrás, o AD reúne 29 por cento dos votos. Nesta fita etária, há 11 por cento de indecisos.

Em relação ao nível de escolaridade, os deputados que têm até ao 3.º ciclo optam preferencialmente pelo PS (34 por cento) e pela AD (21 por cento). Seguem-se o Chega e os indecisos, ambos nos 14 por cento.

Entre os eleitores que têm o ensino secundário, 24 por cento optam pela AD e 19 por cento no Chega. Há ainda a registar 18 por cento de indecisos e 17 por cento diz que irá votar no PS.

Por término, nos eleitores com o ensino superior, a AD reúne uma grande maioria dos votos (34 por cento). Destaca-se também o número de indecisos (16 por cento). Só depois surge o PS (14 por cento). Chega e Iniciativa Liberal obtiveram ambos 8 por cento nesta fita da população.Transferência de voto desde as últimas eleições
Tal uma vez que a sondagem de 28 de fevereiro, também levante questionário procura apurar a transferência de votos entre partidos desde as eleições de 2022, uma forma de perceber se há grandes flutuações no eleitorado.

Levante questionário da Universidade Católica revela que os inquiridos que votaram no PSD e CDS há dois anos vão agora votar na Associação Democrática, que junta os dois partidos e o PPM em coligação. Há também uma transferência significativa de votos do CDS-PP para o Chega (19%).

Entre os eleitores que votaram no PS em 2022, muitos vão manter o voto no partido (53%), mas há também um número importante de indecisos (18%) e de eleitores que pretendem votar na AD (10%).

Já os inquiridos que votaram no Chega em 2022 vão manter o sentido de voto (86%). Há 7% dos questionados que admitem votar na AD.

Entre os eleitores que votaram na Iniciativa Liberal, prevê-se uma grande transferência de voto para a AD (38%) e unicamente 36% apoiam manter o sentido de voto. Há ainda 17% que assumem que ainda não sabe em quem irá votar.

À esquerda, a CDU mantém grande secção dos votos (77%), mas há 6% que admite que irá transferir o seu voto para o BE.

No Conjunto de Esquerda, 46% vão manter o sentido de voto mas 11% admitem passar para o PS. Destaque ainda para os 12 por cento de indecisos.

Finalmente, os inquiridos que votaram Livre ou PAN em 2022 são agora os mais indecisos (21 e 27%, respetivamente), ainda que a maioria indique que vai manter o voto.

A Universidade Católica descobriu ainda apurar qual a verosimilhança de votar em cada um dos vários partidos. Há 44 por cento de inquiridos que assumem uma vez que provável ou muito provável um voto na AD, enquanto 39 por cento admitem votar no PS. Segue-se o Chega, com 23 por cento dos inquiridos a permitir votar neste partido.

Entre os inquiridos que votaram no PS em 2022, um em cada quatro admite que é pouco ou zero irá votar no mesmo partido nestas eleições. Um em cada quatro destes inquiridos assume votar na AD. No entanto, 74% diz que é provável ou muito provável esperar de novo o voto ao PS.

Já no campo dos inquiridos que votaram PSD ou CDS, 12 por cento assumem que é pouco ou zero provavelmente entregarão o voto à AD e 9 por cento diz que é provável ou muito provável votar no PS. Mas uma grande maioria (88%) diz que irá votar na coligação.

Entre os eleitores inquiridos que não sabem ainda em quem votariam, 48% dizem que é provável ou muito provável votar PS e 43% assumem uma vez que provável ou muito provável votar na AD

Por término, entre os eleitores que se dizem decididos, os que votam na AD assumem uma “provável” ou “muito provável” transferência de voto para a IL (32 por cento).

Os inquiridos que vão votar PS assumem uma vez que provável ou muito provável transferir o seu voto para BE (17%), Livre (16%), PAN (15%), AD (11%) ou CDU (10%).

Entre os inquiridos que vão votar no Chega, há maior verosimilhança de transferência de votos para o AD (21%) e IL (20%).



Ficha Técnica:

Levante questionário foi realizado pelo CESOP–Universidade Católica Portuguesa para a RTP, Antena 1 e Público entre os dias 28 de fevereiro e 5 de março de 2024. O universo níveo é constituído por residentes residentes em Portugal. Os questionados foram selecionados aleatoriamente a partir de uma lista de números de telefone, também ela gerada de forma sorteada. Todas as entrevistas foram efetuadas por telefone (CATI). Os questionados foram informados do objetivo do estudo e demonstradas vontade de participar. Foram encontrados 2.405 inquéritos válidos, sendo 45% das mulheres questionadas. Distribuição geográfica: 33% da região Setentrião, 22% do Meio, 31% da AM de Lisboa, 7% do Alentejo, 4% do Algarve, 2% da Madeira e 2% dos Açores. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de convénio com a distribuição da população por sexo, escalões etários e região com base nos dados do recenseamento eleitoral. A taxa de resposta foi de 40%*. A margem de erro máxima associada a uma exemplar investigada de 2.405 questionados é de 2%, com um nível de crédito de 95%.

*Foram contactadas 5948 pessoas. Entre estes, 2.405 aceitaram participar da pesquisa e responderam até o término do questionário.

Fonte
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