Steve Bannon, importante coligado de Donald Trump e seu director de campanha na eleição presidencial de 2016, apresentou-se esta segunda-feira, 1 de Julho, num estabelecimento prisional para satisfazer uma pena de prisão de quatro meses.
Foi sentenciado em Outubro de 2022 por insubmissão ao Congresso dos Estados Unidos, depois de se ter recusado a colaborar com a percentagem de interrogatório da Câmara dos Representantes que investigou a invasão do Capitólio por apoiantes de Trump, a 6 de Janeiro de 2021.
Bannon chegou positivo a uma prisão federalista de baixa segurança em Danbury, no estado do Connecticut, e falou aos jornalistas e a um grupo de apoiantes que o aplaudiam. Auto-intitulou-se “prisioneiro político” e disse que os seus seguidores da direita radical populista continuariam a difundir a sua mensagem enquanto cumprisse a pena.
“Estou orgulhoso por ir para a prisão hoje”, afirmou, antes de entrar no multíplice prisional. “Não só não me arrependo, porquê estou orgulhoso do que fiz.”
O ex-Presidente norte-americano, Donald Trump, enfrenta Joe Biden na corrida à Morada Branca que terminará nas urnas a 5 de Novembro. Cumprindo quatro meses de prisão, Bannon será libertado a poucos dias das eleições presidenciais.
Na passada sexta-feira, o coligado de Trump perdeu um último recurso para evitar satisfazer pena efectiva, quando o Supremo Tribunal rejeitou o seu pedido de prorrogação da pena.
Bannon, de 70 anos, foi um dos principais assessores do candidato republicano durante a campanha eleitoral de 2016, tornando-se depois mentor presidencial de Trump e uma das figuras mais mediáticas da direita radical norte-americana.
Antes de Steve Bannon, já Peter Navarro, outro vetusto mentor de Donald Trump, tinha sido sentenciado a uma pena de prisão de quatro meses, que começou a satisfazer em Março pretérito.
Em 2020, Bannon foi suspenso e indiciado de fraude num processo sobre a angariação de fundos para a construção do muro anti-imigração prometido por Trump, acabando por gastar um milhão de dólares dos eleitores republicanos em despesas pessoais. A 20 de Janeiro de 2021, horas antes do final do procuração de Trump, beneficiou de um perdão presidencial e não chegou a ser julgado.