Março 19, 2025
Suspeito de burlas “olá pai, olá mãe” proibido de trespassar do país e com apresentações à PSP – Observador

Suspeito de burlas “olá pai, olá mãe” proibido de trespassar do país e com apresentações à PSP – Observador

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O varão represado numa operação que desmantelou uma estrutura que criava milhares de burlas informáticas “olá pai, olá mãe” está proibido de trespassar do país e sujeito a apresentações periódicas à PSP, disse esta quarta-feira manadeira judicial.

Olá, pai. Olá, mãe. Porquê funcionava e uma vez que foi desmantelado o esquema de burlas que desviou milhares de euros das contas dos portugueses?

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O arguido foi represado na segunda-feira pela Polícia Judiciária (PJ) e presente ao raciocínio de instrução criminal de Leiria na terça-feira, mas o interrogatório judicial acabou interrompido devido à greve às horas extraordinárias dos funcionários judiciais, adiantou à dependência Lusa a mesma manadeira.

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O interrogatório terminou esta quarta-feira, com o juiz de instrução criminal a estabelecer ao arguido, uma vez que medidas de filtração, a proibição de se ausentar do paísentregando o passaporte, e apresentações periódicasuma vez por semana, numa esquadra da Polícia de Segurança Pública (PSP).

Na terça-feira, a PJ anunciou que desmantelou uma estrutura que criava milhares de burlas informáticas “olá pai, olá mãe” e deteve um varão suspeito dos crimes de tratantice qualificada, associação criminosa e branqueamento de capitais.

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Em expedido, a PJ explicou que na sequência da denúncia, recebida em janeiro, o Departamento de Investigação Criminal (DIC) de Leiria fez diligências que permitiram “identificar coincidências e apensar mais sete inquéritos, notando-se a utilização massiva de números de telemóveis irrepetíveis, de operadoras nacionais, para a prática deste tipo de ilícito, o que espoletou alertas e obrigou ao recurso a meios especiais de obtenção de prova”.

De conformidade com a PJ, além do represado, cidadão estrangeiro de 38 anos, foram ainda constituídas arguidas a mulher e filha daquele.

Olá pai, olá mãe. PJ detém cidadão estrangeiro em flagrante delito pela prática de tratantice qualificada

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“No transcurso da operação, a PJ apreendeu 49 ‘modem’, que acoplavam 32 cartões SIM por aparelhoo que significava que operavam 1.568 cartões em simultâneo”, adiantou a PJ, assinalando que “esta capacidade, num primeiro momento, permitia a geração de milhares de contas, principalmente no WhatsApp, muito uma vez que a remessa/receção de mensagens na ordem dos milhares por dia, através da fraude ‘olá pai, olá mãe’ e outros fenómenos de burlas em envolvente do dedo”.

A PJ esclareceu que se registou “um padrão repetido com a utilização massiva de milhares de cartões, uma vez que se depreende da mortificação de 32 milénio cartões já utilizados nas práticas criminosas”.

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“Foi, também, identificada a interação com terceiros, em rede, sendo recolhida prova de suspeitos residentes num país do núcleo da Europa”, referiu a PJ, acrescentando que “as diligências de investigação identificaram o sítio onde estava montada a estrutura informática e de comunicações, no morada do represado”.

A PJ acredita que com esta operação é interrompida “a consumação, em território vernáculo e no estrangeiro, de milhares de burlas informáticas”.

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No mesmo dia, em conferência de prensa, na sede da PJ, em Lisboa, o diretor do DIC de Leiria, Avelino Lima, disse que a primeira denúncia é de uma tratantice de quase 500 euros, mas outra tratantice associada ao questionário ascendia a 10 milénio euros.

“Neste questionário já estão sete inquéritos apensados e falamos na ordem dos 40 milénio euros de lesão daquelas vítimas. Já foram identificados só na PJ quase mais duas dezenas de inquéritos. Todo levante trabalho será agora complementado com informações dos outros órgãos de polícia criminal. Aí poderemos ter uma dimensão mais concreta e será de elevadíssima dimensão o número de burlas”, frisou Avelino Lima.

Segundo Avelino Lima, “a dificuldade destas investigações é elevada, porque isto não se cinge a Portugal”.

“Estamos a falar de criminalidade organizada, complexa e à graduação planetária”, explicou Avelino Lima, que avisou também para a influência de as vítimas comunicarem mais rapidamente com as autoridades.

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O diretor do DIC de Leiria deixou ainda um alerta à população para estar mais atenta aos cuidados necessários nas interações com desconhecidos em envolvente do dedo.

Segundo levante responsável da PJ, o suspeito estava em território vernáculo desde setembro e obtinha os seus rendimentos a partir desta atividade.

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