Maio 11, 2025
Tal pai, tal rebento: Sérgio Conceição mantém Feirense na II Liga

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Desporto

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“Desde pequeno, eu e os meus irmãos tivemos de nos habituar a ser julgados”, desabafou, ao final do jogo, o herói improvável do Feirense, que bateu o Lourosa por 3-0, num clássico com vivenda enxurro em Santa Maria da Feira.

Sérgio Conceição, do Feirense

Sérgio Conceição, do Feirense

Liga Portugal

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O futebolista Sérgio Conceição tornou-se nascente domingo ‘herói’ improvável na manutenção do Feirense na II Liga, com dois golos e uma assistência na vitória face ao Lusitânia de Lourosa (3-0), da Liga 3, invertendo o play-off.

“Depois do jogo da semana passada [derrota por 1-0 em Lourosa, para a primeira mão]ninguém acreditava em nós, mas isso deu-nos ainda mais força. Estou muito feliz por ter ajudado a equipa a conseguir a manutenção contra o nosso rival. Há que usufruir desta grande sarau”, reconheceu o resguardo recta, de 27 anos, em declarações à filial Lusa.

No Estádio Marcolino de Castro, o rebento mais velho do treinador do FC Porto ‘faturou’ aos 15 e 82 minutos – o segundo de penálti – e cobrou um livre lateral para o tento na própria marco de Henrique Martins, aos 89, ficando em lágrimas com a reviravolta ‘fogaceira’ na eliminatória face ao ‘vizinho’ de Lourosa, freguesia do concelho de Santa Maria da Feira.

“É um dos [momentos] mais especiais [da carreira]mas já tive outros muito bons. Ainda há poucos dias fez três anos que subi [à II Liga] com o Estrela da Amadora e tinha lá um grande camarada [Paollo Madeira]que, infelizmente, já não está entre nós. Oriente momento ficará para sempre gravado na memória, já que fiquei a gostar muito do Feirense”, disse.

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“Eu e os meus irmãos tivemos de nos habituar a ser julgados”

Sérgio Conceição encontrou sorrisos para minorar uma semana de subida tensão, dividida entre a segunda mão do play-off da II Liga e a polémica e mediatizada rutura do seu pai com Vítor Bruno, adstrito do FC Porto, que tinha levado os irmãos Rodrigo e Moisés e a mãe Liliana a saírem publicamente em resguardo do técnico principal dos ‘azuis e brancos’.

“Desde pequeno, eu e os meus irmãos tivemos de nos habituar a ser julgados e a ter as nossas defesas criadas o mais rápido provável e mais cedo do que os outros. Todas as semanas é praticamente isto, portanto foi só mais uma. Estou muito feliz e mais aliviado agora, já que o Feirense está na II Liga e todas as pessoas estiveram connosco”, notou.

Estádio pleno na Feira

A rivalidade concelhia levou quase 5.000 espetadores ao Estádio Marcolino de Castro, situado a oito quilómetros do recinto competidor, onde a equipa do angolano Lito Vidigal tinha perdido na semana passada, graças ao tento solitário do brasiliano Jefferson Nem.

“Sabíamos que tínhamos de dar uma resposta completamente dissemelhante e entrámos com essa mentalidade para mandar no jogo e mostrar que éramos melhores. Penso que isso ficou provado. Não demos qualquer hipótese ao Lourosa e demonstrámos que é preciso estofo para estar numa II Liga e que o Feirense é a melhor equipa do concelho de Santa Maria da Feira”, enquadrou à Lusa o resguardo meão e capitão Cláudio Silva, de 23 anos.

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Inserido nos escalões profissionais desde 2003/04, o Feirense habituou-se a terminar na metade superior da II Liga desde a última presença na escol, em 2018/19, mas foi unicamente 16.º e antepenúltimo disposto em 2023/24, sentindo as dissonâncias entre clube e SAD.

“O grupo passou por muitas dificuldades. Todos sabem que foi uma era atribulada. O início não foi zero fácil e também tivemos mudanças de treinador. Deixo uma termo ao ‘mister’ Ricardo Sousa: esta vitória e manutenção também são para ele. Foi um ano de aprendizagem para todos. O clube e a SAD têm de olhar primeiro para os interesses dos jogadores e do plantel. Isso tem de ser sempre o mais importante”, alertou Cláudio Silva.

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