Católica, Té Macedo tem sabido na sua arte músico harmonizar o tradicional e o clássico, o africano e a música doutros horizontes. E a música sacra não fica de fora. Aliás, é o género em que esta cantora lírica angolana se sente mais arrebatada, conta ao falar do significado da Quinta-feira Santa para ela, relacionando-a com o clima católico em que cresceu e deu os primeiros passos no quina.
Dulce Araújo – Notícias do Vaticano
Falar de Quinta-feira Santa reconduz a Té Macedo à influência que o pai, católico, e que chegou até um ser seminarista, teve na sua vida do ponto de vista cristão e artístico. Faz-lhe também pensar nos primeiros passos dados uma vez que cantora no coral da Igreja. Faz-lhe ainda pensar no dom incrível da voz que recebeu de Deus uma vez que uma doação e na doação que Cristo faz à humanidade ao entregar-se em sacrifício pelo mundo inteiro.
Té Macedo não deixa de lado nesta evocação, a formação artística recebida em Angola e nos países do Leste Europeu, até se transladar para Lisboa nos anos 80 para aprofundar estudos de piano que já vinha fazendo. Recorda também que ali acabou por acrescer paralelamente ao estudo deste instrumento, um outro: a voz e a subsequente paixão pela lírica, sem deixar de lado os outros géneros, incluindo a música sacra, em que adverte um pouco de místico, angelical que a eleva, assim uma vez que a quem a escuta, para uma atmosfera transcendente. E ela se propõe em atitude não de estrela no palco, mas de serva de Deus.
De tudo isto falou à Rádio Vaticano, na Quinta-feira Santa de 2020. Palavras que conservam toda a sua validade também nesta Quinta-Feira Santa de 2024. Não as perda. Juntamente com elas poderão ouvir também a crónica de Filinto Elísio (Rosa de Porcelana Editora) sobre o trajectória artístico de Té Macedo e o que se tem caracterizado.
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