O velho líder do PSD Pedro Santana Lopes defendeu esta quinta-feira que “não há razões para reprimir” a AD nas próximas eleições europeias e elogiou a campanha de Sebastião Bugalho, dizendo que o porvir político dele “está escrito”.
Numa visitante à Praia da Cova Gala, na Figueira da Foz, o cabeça de lista da Confederação Democrática (coligação PSD, CDS-PP e PPM) recebeu o suporte público e um grande amplexo do presidente da Câmara e velho primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes.
“Estou cá por todos, mas mormente por ti, faz-me lembrar a minha campanha, tinha 31 anos quando fiz campanha para o Parlamento Europeu”, disse, recordando que foi cabeça de lista pelo PSD às primeiras europeias realizadas em Portugal, em 1987, que venceu.
Questionado se será mais difícil à AD as europeias de 09 de junho, Santana Lopes admitiu que “deveria ser”uma vez que os eleitores tendem a penalizar os partidos de Governo nestes sufrágios.
“Mas cá acho que não há razões para reprimir e a diferença está na campanha que o Sebastião Bugalho está a fazer, pela solidez, pela correção da postura. O salto de comentador para ator político não era fácil”, acrescentou.
Sobre o regimento de independentes de ambos, o autarca da Figueira da Foz foi questionado se poderão passar ambos a militantes do PSD em breve: “Nunca pensei combinar isso com ele”disse, com Sebastião Bugalho a responder que têm de almoçar primeiro.
Já se acredita no porvir político do candidato da AD, Santana Lopes deixou a sua fé: “Não é preciso crer, basta a proteção do altíssimo para isso vir a intercorrer, é preciso é saúde, o resto já está escrito”.
Santana foi ainda questionado se o facto de Sebastião Bugalho não ter ainda 35 anos quando se realizarem as próximas presidenciais — idade mínima para ser candidato — o deixa mais descansado, mas contrariou dizendo que até fica “mais preocupado”.
“Era a certeza que teríamos um bom Presidente da República”, disse.
O velho primeiro-ministro mostrou-se mais pessimista sobre o porvir da União Europeia, dizendo esperar que o próximo procuração dos eurodeputados a optar em 09 de junho “não seja o último” nos atuais moldes da Europa.
“A Europa normalmente vive ciclos de 50 anos [de paz]já ultrapassámos. A Europa continuará, Portugal continuará, se será a mesma Europa quando findar leste procuração…”, alertou, dizendo que o mundo vive um clima de pré-guerra e admitindo que o projeto europeu pode estar em motivo.
Questionado sobre leste suporte, Sebastião Bugalho disse tê-lo recebido “com grande alegria e sobretudo de gratidão”.
“Eu porquê independente também sinto privado alegria de ver um independente presidente de Câmara, que foi primeiro-ministro e eurodeputado a dar suporte”, afirmou.
Na iniciativa participaram também as candidatas ao Parlamento Europeu Lídia Pereira — a única atual eurodeputada e coordenadora do programa — e Ana Miguel Pedro, indicada pelo CDS-PP.
O autarca da Figueira da Foz explicou a Sebastião Bugalho os principais projetos previstos na cidade para combater a erosão costeira e de instalação de eólicas ‘offshore’.
“Nascente investimento é muito importante para a região toda, a região Núcleo é a mais esquecida do país”, considerou Santana Lopes, recebendo de Bugalho a indicação de que a coordenadora do programa da AD é precisamente desta zona do país.
Os dois conversaram sobre ferrovia e Sebastião Bugalho aproveitou para criticar o PS por não ter “uma risca” sobre leste tema no seu programa ao Parlamento Europeu.
“Isso é estranho porque com o ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos [atual líder do PS] trabalhei muito na questão da ferrovia”, contrapôs Pedro Santana Lopes.
Em Portugal, as eleições europeias realizam-se em 09 de junho e serão disputadas por 17 partidos e coligações: AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Novidade Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP. Serão eleitos 21 deputados.
Com LUSA