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A semana foi complicada em Alvalade e a cara fechada com que Rúben Amorim fez a antevisão o primeiro jogo da I Liga 2024/25 não disfarçou a derrota difícil de digerir na Supertaça. No entanto, o Sporting iniciou a defesa do título nacional de forma pujante e revelando (bons) vícios antigos. Frente a um reforçado Rio Ave, que conta esta temporada com um dos plantéis com mais qualidade da prova, os “leões” foram claramente superiores, venceram por 3-1, e Pedro Gonçalves voltou à tendência de ser o primeiro protagonista do campeonato: pela terceira vez nas últimas cinco edições, o médio foi o marcador do primeiro golo da competição.
Sem abdicar de defender os seus jogadores (Kovacevic, Debast e Nuno Santos) que, por motivos diferentes, saíram da última partida em Aveiro debaixo de críticas, Amorim qualificou os dias que se seguiram à derrota na Supertaça como “os mais difíceis” que viveu desde que chegou a Alvalade, mas mesmo tendo “preocupações completamente diferentes” das que teria se tivesse ganhado a Supertaça, o treinador do Sporting manteve quase tudo na mesma: Diomande no lugar de Debast foi a única mudança em relação à partida frente ao FC Porto.
Do outro lado, havia uma equipa que, no papel, parece reunir todos os argumentos para ocupar um lugar de destaque no final da época no primeiro terço da tabela, mas mesmo contando no “onze” com três reforços de inegável qualidade (João Novais, Tiago Morais e Clayton) e um ex-Borussia Dortmund (Ole Pohlmann), o Rio Ave de Luís Freire mostrou-se incapaz de conseguir causar problemas ao campeão.
Se a nível táctico até havia algumas semelhanças entre as duas equipas, no “jogo jogado” só deu Sporting. Pegando no comando do encontro desde o segundo inicial, os “leões” precisaram de meia dúzia de minutos para marcar. E fizeram-no com categoria: ao primeiro toque, a bola passou pelos pés de Trincão, Quenda, Gyokeres e Pedro Gonçalves, que fez de forma fácil o primeiro golo da temporada.
Para uma equipa combalida por uma derrota, o golo madrugador era o tónico necessário. A partir daí, sem ceder à tentação de baixar o ritmo, o Sporting continuou sem deixar o Rio Ave entrar em jogo, foi construindo oportunidades e, quando já justificava uma vantagem superior, contou com a ajuda do adversário: um enorme erro de Jhonatan resultou numa assistência para Pedro Gonçalves que, com muito talento, fez um chapéu perfeito ao guarda-redes de Vila do Conde.
Sem qualquer ameaça à baliza de Kovacevic em 45 minutos, foram precisos menos de 30 segundos na segunda parte para Gyokeres deixar claro que não queria terminar a primeira jornada em branco – o avançado acertou na barra -, e, mesmo com um ritmo dos sportinguistas mais baixo, o sueco marcou mesmo, aos 63’, num lance onde Jhonatan voltou a não ser feliz.
Com 3-0 no marcador e uma equipa de Vila do Conde inofensiva, o jogo perdeu interesse. Amorim aproveitou de imediato para dar minutos a Mateus Fernandes, mas até final a monotonia só foi sendo quebrada quando a bola chegava aos pés de Gyokeres, que, sem sucesso, nunca deixou de procurar o segundo golo, e no minuto 90, quando Clayton, com uma grande jogada, fez o golo de honra rioavista.
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