O substituto de Fernando Araújo, que se demitiu em abril da Direcção Executiva do SNS, tem 44 anos e é Tenente-Coronel Médico dos quadros permanentes do Tropa português.
Em transmitido, o Governo realça que António Gandra d’Almeida é licenciado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Novidade de Lisboa e que até janeiro pretérito foi diretor da Delegação Regional Setentrião do INEM.
Fernando Araújo, diretor executivo do SNS
Rui Oliveira
Precisamente no INEM, o currículo do Tenente-Coronel e novo diretor-executivo do SNS refere que esteve primeiro da instalação e coordenação da VMER – Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Barroca, entre 2016 e 2018, e que desempenhou também “funções de chefia de equipa em serviço de Urgência e participou em vários eventos multi-vítimas e de catástrofe”, somando também ao seu trajectória “missões internacionais de esteio humanitário”.
O executivo promete anunciar “em breve” a constituição da restante equipa da Direção Executiva do SNS, tendo os nomes que ser ainda enviados à CReSAP, a Percentagem de Recrutamento e Seleção para a Governo Pública.
Numa nota final, o Governo agradece ao diretor-executivo demissionário, Fernando Araújo, “o trabalho desenvolvido no SNS” e apresenta “votos dos maiores sucessos profissionais e pessoais”.
Fernando Araújo assumiu a Direção Executiva do SNS a 2 de novembro de 2022, mas a estrutura só iniciou funções em janeiro do ano pretérito
Rui Duarte Silva
Fernando Araújo, que tinha só iniciado funções em janeiro de 2023, anunciou a destituição da liderança do SNS em abril, no dia 23, alegando que não pretendia ser um travanca ao Governo nas políticas e medidas que considerasse necessárias implementar.
Esta quarta-feira, na percentagem parlamentar de Saúde e por requerimento do PS, Fernando Araújo explicará aos deputados as razões que o levaram a pedir a destituição do incumbência — isto posteriormente a novidade ministra da Saúde, Ana Paula Martins, ter oferecido 60 dias ao diretor-executivo demissionário para entregar um relatório com as reformas em curso.
“Jovem” e “do terreno”: o diretor-executivo aos olhos da ministra da Saúde
Poucas horas depois do pregão de António Gandra d’Almeida, a ministra da Saúde explicou em declarações aos jornalistas a escolha do novo diretor-executivo, realçando desde logo que “o currículo fala por si”.
“É um médico, um médico militar, um varão que está muito habituado à organização e à operação no terreno em condições adversas. E sobretudo é alguém que tem uma visão para o SNS que cumpre os estatutos do SNS”, explicou Ana Paula Martins.
Sem antecipar a audição de Fernando Araújo no Parlamento, a ministra considera que o diretor-executivo demissionário “fez a sua missão”, mas que o perfil de Gandra d’Almeida está mais alinhando com “aquilo que é a nossa perspectiva do que deve ser o diretor”.
“[António Gandra d’Almeida] é um jovem, a equipa que escolheu é interessante — com bastante experiência apesar de também ser jovem. Pode dar uma resposta operacional muito ligada ao terreno, de falar com os profissionais e ajudá-los a dar uma resposta melhor”, concluiu a ministra da Saude.