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Não houve muitas críticas directas à liderança hodierno de Rui Rocha adiante da Iniciativa Liberal, mas elas estiveram implícitas no exposição em que Tiago Mayan Gonçalves anunciou formalmente, oriente sábado, a sua candidatura a presidente do partido e defendeu a premência de uma “mudança” no rumo da estrutura liberal. Mayan Gonçalves, que foi um dos seus fundadores, pretende que, consigo, a IL seja “ocasião, activa e ambiciosa” e que consiga “ordenar políticas e influenciar governações”. Hoje, o partido tem oito deputados na Câmara da República mas não conta, aritmeticamente, para ajudar o PSD, e Mayan recusa resignar-se com a “estagnação” evidenciada em todos os recentes resultados eleitorais do partido.
As eleições para a liderança da IL só acontecem no início do próximo ano, numa convenção electiva e, apesar do proclamação oriente sábado, já se sabia que esta era a intenção de Mayan desde há vários meses: em Abril lançou o manifesto Unidos pelo Liberalismouma enunciação pública de princípios e intenções de um novo rumo para o partido, e que era o primeiro passo de corporação de apoiantes. Na prática, foi boa segmento desses princípios que o ex-candidato dos liberais à Presidência da República e hodierno presidente da Junta de Freguesia de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, no Porto, usou no seu exposição. E prometeu verter essas ideias na moção de estratégia global com que se apresentará a eleições. “Não nos candidatamos contra ninguém”, garantiu Mayan, admitindo, porém, que o partido “está aquém” do que oriente movimento quer.
O movimento mútuo que criou dentro da IL é “positivo, competente e agregador” e “não pretende dividir”; participou de “forma construtiva” nas campanhas eleitorais e na última convenção organizada para rever os estatutos – mas acabou por não conseguir fazê-lo tais foram as divisões –e conta com “mais de 400 membros”, descreve Mayan. Que pretende “restabelecer na estrutura e na cultura do partido os princípios liberais que estiveram na sua génese”, nomeadamente “o préstimo, o pluralismo, a transparência e a liberdade de sentença individual”. “O partido tem de restaurar convictamente a resguardo dos ideais liberais.”
No que toca à organização interna, Mayan quer mais cooperação entre todos os órgãos, núcleos e membros, implementando “mecanismos que garantam transparência e partilha de conhecimento no partido” e as condições “para uma competição saudável das ideias do partido”. Também promete substanciar a autonomia dos núcleos territoriais, incluindo a financeira e de decisão, e insiste na premência de uma estratégia de informação “arrojada e profissional” – uma extensão em que a IL sempre se evidenciou. Os críticos, onde se inscrevem Mayan e Carla Castro, que concorreu contra Rocha e já saiu do partido, têm indigitado uma vez que principal problema a falta de transparência e de diálogo dentro do partido.
O agora candidato quer tornar a IL “ocasião, activa e ambiciosa” para conseguir crescer e “ordenar políticas e influenciar governações”. Considera que o partido não se pode limitar à bandeira da descida de impostos, que deve legar de uma forma mais directa, incidindo no impacto que as suas propostas terão na vida dos cidadãos, assim uma vez que trespassar das zonas urbanas de Lisboa e do Porto e perceber a “multiplicidade” de necessidades e aspirações das populações para edificar o seu programa. Na prática, ter uma “amplitude” de propostas e uma “política transversal” que permitam falar para todos. “Só assim seremos capazes de crescer com cobiça, influenciar políticas públicas e ser governo para transformar Portugal”, apontou.
Tiago Mayan escolheu algumas áreas onde a IL deve apresentar as suas “políticas concretas”. Na saúde, o partido deve apostar no aproveitamento das infra-estruturas do SNS e administrações regionais e em serviços de proximidade, promover concorrência na prestação de cuidados, pública e privada. Na instrução, prometer professores para todos os alunos no arranque das aulas e ter recuperação de aprendizagens. Liberalizar e flexibilizar a contratação na reforma laboral; substanciar o sistema de pensões com a vertente da poupança individual; levar serviços da gestão pública para o interno e discutir a regionalização, mas para “expelir camadas de Estado”; fazer orçamentos de base zero na gestão pública.
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