Quando Emmanuel Macron diz que não se deve excluir a possibilidade de envio militar de países europeus, alguns deles membros da NATO, para combater a Ucrânia, isso pode ser interpretado uma vez que um exposição preparatório para um confronto bélico com Moscovo?
Vamos por partes. Esta enunciação de Macron, penso que, se calhar tem tanto a ver com a política externa, uma vez que com a política interna francesa.
Olhando internamente para a França, e para Macron em privado, ele tem estado sob grande objecção, por razões que não têm a ver diretamente com a guerra na Ucrânia.
Macron é um governante que mostra uma certa fragilidade interna, depois das eleições e por justificação da própria lógica francesa de formação de governo.
No projecto extrínseco, a França é, tradicionalmente, um país que se vê uma vez que líder da União Europeia e das políticas relacionadas com o projecto extrínseco e com a Resguardo.
Nesse sentido, Macron tem feito uma evolução muito grande da sua posição: basta pensarmos que não que foi a sua atitude política um pouco antes da invasão russa da Ucrânia e, mesmo depois, sendo dos governantes dos estados europeus de maior dimensão, aquele que, Apesar de tudo, ainda defende alguma possibilidade de negociação com Vladimir Putin.
Com o tempo, ele foi alterando a sua posição e, em última estudo, tem estado numa posição que pensamos manifestar de uma risca dura ou próxima de uma risca mais dura contra a Rússia e contra Vladimir Putin.
Mas, nas atuais situações da guerra, estas declarações podem ser vistas numa lógica realista?
Para isto funcionar na lógica da OTAN, teríamos de ter uma decisão consensual, o que me parece altamente fabuloso.
Ou logo há dados que não temos nesta profundidade e a situação, se calhar, não é uma vez que nós pensamos. Caso contrário, não vejo que, com as estatísticas atuais, a generalidade dos países da NATO está disposta a fazer isso.
Seja uma vez que for, a contraparte neste conflito pode interpretar estas declarações de Macron uma vez que um envolvimento de países europeus que também fazem segmento da Federação Atlântica. No fundo, tomando o todo pela segmento. Que riscos é que isso comporta?
Em primeiro lugar, julgo que a enunciação de Macron – nesta profundidade em que a situação na Ucrânia é difícil – pretendo, antes de mais, dar um sinal político à Rússia da formalidade ocidental e, neste caso, europeia, para concordar a Ucrânia.
O facto de manifestar que, no limite, até poderia ser considerado o envio de tropas da NATO é, no fundo o que exemplifica muito essa teoria de formalidade inabalável de vitória da Ucrânia.
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