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“Uma forte, dura e esperta lutadora americana”. É assim que o Presidente eleito Donald Trump define o mais recente nome da sua administração, a congressista Elise Stefanik, que vai passar a ocupar o cargo de embaixadora norte-americana junto das Nações Unidas.
No passado, Trump se referiu à congressista de Nova York, que faz parte da liderança do partido, como “uma estrela republicana“. Ele afirma estar “honrado de nomeá-la para a administração”, em comunicado citado pela imprensa norte-americana, após a CNN já ter avançado o nome de Steafanik para o cargo na ONU.
Mas a relação de Stefanik com as Nações Unidas está longe de ser pacífica. Pelo contrário, a republicana é uma crítica vocal da organização, que acusou por várias vezes de antissemitismo. Stefanik apelou mesmo “a uma reavaliação total do financiamento dos EUA às Nações Unidas“, devido ao apoio da ONU à Autoridade Palestina, o que Stefanik disse ser “um constante ataque antissemita ao direito de Israel existir”, em um comunicado publicado em 16 de outubro deste ano. A congressista também foi uma das maiores apoiadoras do bloqueio de verbas da agência das Nações Unidas para refugiados palestinos (UNRWA), devido às acusações de ligações com o Hamas.
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As críticas de antissemitismo estendem-se das Nações Unidas à universidades norte-americanas. Stefanik destacou-se pelas posições duras que assumiu durante as audiências do Congresso com reitores de várias universidadesem dezembro do ano passado. Em causa estavam os protestos pró-Palestina que ocuparam muitos dos campus universitários no país. Stefanik acusou os reitores de não fazerem o suficiente para impedir o “discurso de ódio antissemita” dos manifestantes e exigiu a sua demissão — os diretores da Universidade da Pensilvânia e de Harvard chegaram mesmo a apresentar a demissão pouco depois da audição.
Stefanik também foi apontada como um dos possíveis nomes para concorrer à Casa Branca ao lado de Trump neste ano — o cargo de vice acabou ocupado por JD Vance. Mas o apoio ao Presidente não foi sempre uma certeza. A congressista foi eleita no distrito de Nova York em 2014, tornando-se a mulher mais jovem a chegar ao Congresso. O seu “pensamento independente” e as suas “posições moderadas” foram muito elogiadasincluindo pelo palestrante da Câmara dos Deputados na época, que a descreveu como uma “construtora, um feito que não é fácil em uma era em que a política se baseia em atacar pessoas”, lembra a CNN.
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A sua posição sobre Trump foi-se alterando, justificada pela popularidade do candidato no seu distrito eleitoral. Ainda assim, recusava apoiar o candidato a Presidente pelo nome, na sua primeira corrida, em 2016, afirmando apenas que apoiava “o nomeado do partido”, relembra o Wall Street Journal.
Sua proximidade com Trump cresceu nos últimos oito anos. Na segunda corrida à Casa Branca do republicano, em 2020, Stefanik bateu o recorde de arrecadação de doações para sua campanha. Em maio de 2021, assumiu o lugar de Liz Cheney na direção do Partido republicano após as críticas desta última a Donald Trump. E em 2022, foi a primeira pessoa no Congresso a apoiar sua reeleição para a Casa Brancaainda antes de o republicano ter anunciado publicamente a sua intenção de concorrer.
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