Setembro 19, 2024
Tupperware poderá declarar falência esta semana
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Tupperware poderá declarar falência esta semana #ÚltimasNotícias #Portugal

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A Tupperware Brands vai entregar em tribunal um pedido de falência, e será ainda esta semana, garante a Bloomberg, numa notícia publicada ontem nos EUA, citando fontes próximas do processo de insolvência financeira da multinacional norte-americana.

Depois das primeiras notícias sobre o colapso das vendas a nível mundial, há dois anos, a fábrica da Tupperware em Portugal, a funcionar desde 1980 em Constância, começou de imediato a sofrer as consequências, tal como o mediotejo.net então noticiou. O mesmo sucede agora: foi iniciada nos últimos dias a dispensa de trabalhadores temporários e a produção parou na quinta-feira, 12 de setembro, apurou o nosso jornal.

Aos funcionários portugueses foi dada a indicação de que os planos de trabalho serão ajustados semana a semana, e que a produção não deverá ser retomada “até se escoar o stock nos armazéns”. Foi também passada a informação de que “não existe conhecimento oficial” de nenhuma das informações agora avançadas pela imprensa.

A ameaça de falência tem pairado sobre a Tupperware nos últimos anos e em 2022 a empresa iniciou um processo de refundação total, passando a fazer vendas online e em supermercados, para chegar às gerações mais novas (e ultrapassar as limitações impostas às vendas em casa com a pandemia de covid-19), procurando em simultâneo recuperar a confiança dos consumidores no seu plástico de grande qualidade, com um “selo” ecológico. Contudo, num cenário de crise económica mundial e de inflação galopante na Europa, as vendas continuaram a cair a pique.

Em novembro de 2022, quando a produção parou em Portugal e começaram a ser negociadas rescisões com os trabalhadores, a CFO da Tupperware internacional visitou a fábrica de Constância. O mediotejo.net pediu para acompanhar a visita e solicitou uma entrevista com Mariela Matute, que assumira há apenas seis meses a responsabilidade de equilibrar as finanças da multinacional, mas não foi concedida autorização. À imprensa foi apenas comunicado que “tudo estava a ser feito para manter em funcionamento” aquela que era a maior das três unidades de produção na Europa – entretanto, com o fecho da fábrica na Grécia no ano passado, restam apenas as fábricas de Portugal e Bélgica.

A unidade portuguesa tem neste momento cerca de 200 trabalhadores efetivos. A redução de pessoal foi sendo progressiva nos últimos cinco anos, altura em que existiam mais de 400 funcionários.

O plano de recuperação financeiro tentado pela empresa norte-americana foi definhando de trimestre para trimestre. Em abril do ano passado, o CEO da multinacional norte-americana afirmou que a empresa poderá “não ter a liquidez adequada num curto prazo”, havendo “dúvidas substanciais sobre a sua capacidade de continuar as operações”. Era um apelo desesperado para que as instituições financeiras, a quem a empresa devia ainda mais de 700 milhões de dólares, aceitassem renegociar juros da dívida acumulada ou, pelo menos, alargassem os prazos de pagamento.

Há cerca de um ano foi nomeada uma nova CEO, Laurie Ann Goldman, mas sem resultados satisfatórios, há três meses fechou a última das fábricas que subsistia nos EUA (foram despedidos 150 trabalhadores). Depois da notícia de ontem da Bloomberg, indicando que a empresa iria entregar esta semana em tribunal um pedido de falência, as ações da Tupperware caíram 57% na bolsa de Nova Iorque.

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