País
Invenção foi feita pelo dirigente Tanka Sapkota. Há agora expectativa sobre porquê a economia e a exploração florestal vão evoluir com a invenção científica.
Desta vez, a comitiva é grande. Entre jornalistas, autarcas, investigadores e fotógrafos, vêm todos porque já está confirmado que há trufa negra em Portugal, particularmente nos terrenos que visitam desta vez.
“Um cheiro espetacular, Nunca tinha visto nas que comprávamos em Itália, tão possante”, conta o dirigente Tanka Sapkota.
No terreno não circunvalado foram os javalis os primeiros a chegar. Por isso, a terreno está revolta e a procura é mais difícil. Pina é a cadela caçadora de trufa, que veio desta vez com Giovanni Longo, colega de longa data de Tanka Sapkota.
Amostras de alguns terrenos já tinham chegado às mão do dirigente, que tem restaurantes em Lisboa, e foram enviadas a universidades portuguesas que têm escoltado Tanka na sua procura por trufa em solo português.
A ciência dizia que era provável, graças à altitude, ao pH da terreno, aos solos calcários e à vegetação de uma região específica do litoral de Portugal, de Coimbra até às portas de Lisboa. Mas mesmo assim havia quem duvidasse:
“Achava que havia, mas com leste tamanho nunca imaginei, explica o dirigente.
A procura deste dia foi rápida porque já se sabia muito o que se encontraria junto a estes pinheiros no município de Alenquer, mas o trabalho começou há mais de um ano. Ao mostrarem as trufas, tanto Tanka porquê Giovanni estavam felizes com a invenção.
“Da outra vez não fiquei muito satisfeito, agora sim”, diz Giovanni Longo.
Em janeiro de 2023, a reportagem da SIC acompanhava dias de chuva à procura de trufa em algum lugar no núcleo do país. Tanka, Giovanni e, na profundidade, duas cadelas Laika e Lola persistiam apesar das amostras encontradas deixarem a desejar. A verdade é que era exclusivamente o início de uma jornada de mapeamento de território e também de conhecimento sobre o que era finalmente a trufa.
Encontrou no pavimento e disse assim: pai, o que é isto? É um bicho? E eu fui lá ver e disse que não sabia. Ele ia espetar um pau, e disse espera, deixa ver. Cavámos à volta e tiramos uma trufa com 300 gramas”, conta Pedro Pereira.
À procura do que seria na internet chegou à resposta e ao nome do dirigente Tanka, cavaleiro da trufa branca de alba, um verdadeiro emissário deste fungo que cresce e vive em simbiose nas raízes de árvores.
Cá, porquê é vedado, ele já apanhou oito a dez quilos, só cá (…) Já encontrámos em mais dois sítios, quer expor que deve possuir trufas em exuberância em Portugal, ou que será provável produzi-las abundantemente”, explica o dirigente Tanka.
Longe dos pratos portugueses, o ignorância vai dando azo à pesquisa e à imaginação. O dirigente Tanka levou trufa deste quintal para o Come Prima, um dos restaurantes italianos que tem em Lisboa, e que vai beneficiar desta proximidade entre a terreno e o prato.
Habitualmente importada de Itáliaagora, em Portugal, começa a pensar-se na economia relacionada com a trufa. O fungo vive em simbiose com certas árvores e, por isso, pode ser prenúncio de bons ventos na cozinha, mas também na exploração florestal e recuperação de território esquecido.