Três meses depois das legislativas que deram uma magra vitória à AD, as eleições europeias deverão confirmar o empate técnico entre os dois maiores partidos, muito uma vez que o desenvolvimento exponencial do radical Chega. Se os socialistas esperam lucrar para dar uma prelecção de “humildade” ao Governo de direita, os social-democratas e centristas apostam na popularidade das primeiras medidas para se relegitimarem e tentarem lucrar fôlego até à próxima grande prova, que será o Orçamento do Estado para 2025.
Na última semana, o Governo de direita aprovou o Projecto de Acto para as Migrações, tentando, de uma assentada, atirar ao anterior governo socialista, que deixara avolumar o problema da regularização de 400 milénio estrangeiros, e esvaziar o oração anti-imigração do Chega. Mas, no Parlamento, sofreu mais um revés, ao ver chumbada a sua proposta de redução do IRS e aprovada a dos socialistas.
O empate segue dentro de momentos. A grande incógnita para Portugal é mesmo saber se o ex-primeiro-ministro António Costa consegue ser o próximo presidente do Juízo Europeu – mas, para isso, os votos nacionais não contam zero.