Viagem pela Mongólia, dos pastores nómadas aos invernos que podem chegar aos -40ºC #ÚltimasNotícias #Portugal

Ulaanbaatar, uma capital da Mongóliaabriga mais da metade da população do país. O crescimento acelerado foi impulsionado pelo êxodo de pastores nómadas que perderam os meios de subsistência devido às alterações climáticas. É a capital mais fria do mundo, com invernos que podem atingir -40°C. O nome da cidade homenageia Damdiny Sühbaatar, líder revolucionário que, em 1921, libertou a Mongólia do domínio chinês.

A Mongólia, agora uma democracia, reviveu o budismo após a queda do regime comunista no início dos anos 90. O imperador mongol, Genghis Khan, que unificou os nómadas no século XII e formou um dos maiores impérios da história, é homenageado com a maior estátua equestre do mundo, situada em Tsonjin Boldog.

O Deserto de Gobi, o quarto maior do mundo, ocupa 30% da Mongólia e é famoso pelas dunas, como as de Kongor, que podem atingir 300 metros de altura. A região é conhecida pela amplitude térmica extrema, com temperaturas variando de 47°C a -51°C.

A tradição nómada, representada por 30% da população, enfrenta grandes desafios. O aumento de 2,2°C na temperatura do país nos últimos 80 anos tem tornado os invernos mais rigorosos e os verões mais secos, comprometendo a subsistência dos pastores. Há estudos que indicam que, se o aquecimento global continuar, o nomadismo pode extinguir-se em apenas duas gerações.

A cultura mongol é celebrada anualmente no festival Naadam, que destaca desportos tradicionais como a luta livre, corridas de cavalos e tiro com arco. Além disso, a Mongólia abriga o cavalo selvagem Przewalski, reintroduzido no Parque Nacional Hustain após quase ser extinto no século XX.