As Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER), um meio de socorro especializado constituído por uma equipa de um médico e um enfermeiro, estiveram 2608 horas paradas até maio deste ano. Com uma taxa de inoperacionalidade de 1,62% nos primeiros cinco meses do ano, isto significa que estas viaturas estiveram sem funcionar muro de uma hora por dia, de contrato com os indicadores de desempenho publicados pelo Instituto Pátrio de Emergência Médica (INEM), citados pelo jornal “Público”.
Em 2022, estas viaturas já tinham atingido o nível mais eminente de inoperabilidade nos últimos nove anos, um registo ainda pior do que o atual. Em relação ao ano pretérito, houve um agravamento de 423 horas sem condições de funcionamento.
A falta de operacionais foi a principal razão para tornar 2022 um dos piores anos para os serviços de emergência. Um problema que continua a persistir, afirma o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar. “Atualmente todos os dias temos alturas com mais de 50 chamadas em espera e noutro dia chegamos a ter 107”, afirma o presidente do sindicato, Rui Lázaro, em declarações ao “Público”.
Além dos operacionais, os meios de socorro também pouco foram ampliados nos últimos 20 anos. Os dois helicópteros em 2004 tornaram-se seis em 2014 e atualmente são quatro. Enquanto as ambulâncias em postos de suplente eram 127 em 2004, o número reduziu-se para 91 nascente ano.
No início de junho, o presidente do INEM, Luís Meira, em audição parlamentar da Percentagem de Saúde tinha afirmado que a degradação do sistema de socorro “é inegável” e que se a ministra da Saúde o demitisse, iria deixar as funções “sem qualquer problema”. Esta segunda-feira, Luís Meira apresentou a exoneração em seguida divergências com o ministério sobre o concurso para o serviço de transporte desatento de doentes.