A A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, sugeriu que pode possuir “consequências” para Israel se o governo de Benjamin Netanyahu martelar em progredir com uma mediação militar planejada sobre o território palestino de Rafah. As declarações constam de uma longa entrevista concedida por Kamala Harris à cárcere televisiva norte-americana ABC News, publicada neste domingo.
Localizado na fronteira sul de Gaza com o Egito, estima-se que Rafah tenha atualmente muro de 1,4 milhões de habitantes. “Deixe-me proferir uma coisa: estudei os mapas. Não há lugar para essas pessoas irem”, afirmou à correspondente da ABC News no Congresso dos Estados Unidos.
“Fomos claros em múltiplas conversas e, em todos os sentidos, qualquer grande operação militar em Rafah seria um grande erro”, afirmou o vice-presidente dos Estados Unidos numa segmento da entrevista publicada nascente domingo no programa “This Week”.
A jornalista insistiu e quis saber se os Estados Unidos considerariam adotar “consequências” se Netanyahu avançasse – um pouco que o primeiro-ministro israelense já disse estar disposto a fazer apesar da oposição norte-americana. “Muito, vamos dar um passo de cada vez, mas temos sido muito claros em termos da nossa perspectiva sobre se isso deve ou não sobrevir”, respondeu Kamala Harris.
Perante novidade pergunta, o tom da resposta é mais assertivo: “Descarta o surgimento de consequências por segmento dos Estados Unidos?” “Não descarto zero”, respondeu o vice-presidente de Joe Biden.
As observações de Harris surgem horas depois de Netanyahu ter repetido ao secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que Israel atacará Rafah mesmo sem o pedestal de Washington. “Não há forma de derrotar o Hamas sem ir a Rafah e expulsar o resto dos batalhões que lá se encontram”, afirmou. “Disse-lhe [a Blinken] que espero que o façamos com o pedestal dos Estados Unidos, mas se for necessário, fá-lo-emos sozinhos”, acrescentou.
Em seguida o ataque do Hamas em solo israelense em 7 de outubro de 2023, que envolveu muro de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, Israel tem em curso uma incidência em Gaza que provocou mais de 32.000 mortos, de concórdia com o balanço mais recente do Ministério da Saúde do Hamas.
O grupo islâmico palestino, que controla Gaza desde 2007, é classificado uma vez que uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.
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