Vinícius Júnior ficou lavado em lágrimas ao falar sobre racismo. Na antevisão do duelo entre Brasil e Espanha, o internacional canarinho mostrou-se fulo com os sucessivos episódios que tem testemunhado desde que deixou o Flamengo para rumar ao Real Madrid, em 2018/19, e sublinhou mesmo que tem cada vez “menos vontade de jogar”. “É um tanto muito triste e que acontece cá a cada jogo e a cada dia. Cada denúncia que faço me deixa muito triste, tal porquê a todos os negros do mundo… É um tanto muito triste e não é só em Espanha que está a suceder, é também no mundo. Também acontecia com o meu pai, escolhiam antes um branco do que um preto. É um tanto que noto e que luto porque me escolheram a mim. Luto para que num horizonte próximo isto não volte a suceder a ninguém. Entendo que se fale do que eu faço em campo. Simples que tenho muito para melhorar, ainda só tenho 23 anos e é um progresso proveniente. Saí muito jovem do Brasil e ter aprendido tantas coisas… Já vejo isto há muito tempo e cada vez vez que me sinto mais triste, cada vez tenho menos vontade de jogar”, afirmou o craque do Real Madrid, acrescentando. “O que me irrita mais é a falta das punições. Se começarmos a punir todas as pessoas que cometem nascente transgressão, vamos principiar a evoluir. Faço tantas denúncias, muitas vezes chegam cartas para fazerem mais denúncias, mas no final acontece porquê aconteceu com meu camarada em Barcelona, eles arquivam o processo e ninguém sabe de zero. Se começarmos a punir essas pessoas… eles não vão mudar o pensamento, mas vão permanecer com temor de falar. Há crianças que gozam comigo e eu não as culpado, porque elas não entendem. Eu na idade delas também não entendia o racismo.”
Vinícius referiu ainda que nem sempre se consegue concentrar dentro de campo e voltou a falar do tópico de forma emotiva. “No futebol há muitas pessoas, tantos jogadores melhores do que eu que já passaram por cá. Eu quero fazer com que as pessoas no mundo possam evoluir, melhorar, que possamos ter paridade, que num horizonte próximo haja menos casos de racismo, que as pessoas negras podem ter uma vida normal, porquê as outras. Eu vou para os jogos com a cabeça focada no jogo para fazer o melhor, mas nem sempre é verosímil. Tenho que me concentrar muito todos os dias…”
Apesar do sentimento de injustiça e frustração, o extremo brasílico de 24 anos afirma que nunca pensou em deixar o Real Madrid e trespassar da Espanha. “Se sai daqui, dou aos racistas o que eles querem. Vou continuar cá a lutar, a jogar no melhor clube do mundo, a lucrar títulos, marcando golos. As pessoas vão ter cada vez mais o meu rosto. As racistas são minoria. Uma vez que sou um jogador atrevido, que joga no Real Madrid e ganha muitos títulos, é muito complicado, mas vou seguir firme e potente porque tenho o pedestal do clube e do presidente.”
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