O vetusto novato assume agora o papel de rabi e quer recolocar o FC Porto na rota do título pátrio já na próxima quadra. Depois de sete anos enquanto adstrito de Sérgio Conceição nos “dragões”, numa parceria que se estendeu por 13 anos, Vítor Bruno assume agora o incumbência de treinador principal. Esta sexta-feira, na protocolo de apresentação em que foi anunciado o contrato válido por duas temporadas, o novo técnico dos portistas diz que está muito feliz com a oportunidade dada por André Villas-Boas, mostrando-se pleno de vontade para encetar o trabalho naquela que pensa que será “um caminho de totalidade sucesso”.
“Toda a gente tem de ser viciada em lucrar e falámos de todas as competições. Não nos vamos encolher. Mas vai ser uma quadra difícil, vamos ter de estar unidos. Relativamente ao plantel, é alguma coisa que tem de ser atalhado. O tempo é valedoiro e estamos a desperdiçá-lo com questões que me parecem ser as menos importantes”, reiterou Vítor Bruno, considerando importante “olhar para dentro” no momento de ir buscar jogadores. “Muitas vezes temos a tendência de subestimar quem está connosco”, adiantou, reconhecendo que serão necessárias vendas para minorar as graves dificuldades financeiras atravessadas pelo clube.
O novo técnico portista foi ainda questionado sobre a substituição de Sérgio Conceição, depois de acusações de traição vindas do vetusto treinador e outros membros da equipa técnica. Vítor Bruno admitiu que os últimos sete dias foram marcados por sofrimento e angústia, negando qualquer gesto menos correcto.
André Villas-Boas confirmou situação limite no FC Porto
Nelson Garrido
“Podemos olhar porquê um elefante na sala ou uma formiga [para o tema Sérgio Conceição]. Passei uma semana muito difícil, de sofrimento e grande angústia. Não quero cevar o circo mediático, fiz o que tinha de fazer. Começaram a fabricar uma romance com capítulos a mais para aquilo que é o guião da verdade. Tenho a tranquilidade interno completamente garantida”, respondeu Vítor Bruno.
FC Porto “no limite”, admite Villas-Boas
Ao lado do novo técnico, André Villas-Boas, presidente do FC Porto, elogiou o papel desempenhado pelo vetusto treinador, prometendo a Vítor Bruno “esteio, talento e organização”.
“Encerrámos um ciclo mágico que tanto nos orgulha. Na memória fica um conjunto de vitórias onde o ‘portismo’ esteve presente na forma mais visceral”, detalhou André Villas-Boas, classificando Conceição um “varão com poderoso jaez e personalidade”: “Esta é a tua moradia, nela serás sempre muito recebido. Tens a minha vocábulo e a do FC Porto.”
O presidente portista admite aos sócios que o clube está numa “situação limite”, mas promete que quando a novo direcção transpor deixará o FC Porto melhor do que o que herdou.
“O FC Porto que encontrámos, porquê os outros nos deixaram, comigo nunca irá intercorrer. Agora encaramos isto porquê um repto, porquê uma missão, mas estamos a tomar passos muito firmes relativamente à sustentabilidade financeira. Se formos criteriosos e planificarmos muito, iremos erigir garantias para um plantel que se pode tornar vencedor”, sublinhou.
No reino do Dragão, Vítor Bruno soma já 11 títulos – três campeonatos, quatro Taças de Portugal, três Supertaças e uma Taça da Liga –, número que pretende ampliar já em Agosto, com a disputa da Supertaça frente ao Sporting. Oferecido o ressaltado número de expulsões de Sérgio Conceição, Vítor Bruno foi chamado a liderar a equipa em 17 partidas, somando 15 vitórias e dois empates. Um destes triunfos foi uma goleada por 3-0 frente ao Benfica, em jogo a racontar para a Taça de Portugal.
André Villas-Boas e Vítor Bruno
Nelson Garrido
Ainda não é conhecida a formação completa da novidade equipa técnica, com Vítor Bruno a confirmar exclusivamente Nuno Piloto e Carlos Pintado. Ainda não são conhecidos também os detalhes do contrato, mas, num momento em que as finanças do FC Porto se encontram no “vermelho”, a contratação “interna” de Vítor Bruno representará já uma poupança considerável. O novo técnico deverá receber um valor próximo de um milhão de euros por ano, uma quinhão dos sete milhões anuais que Conceição recebia.
Esta foi a primeira grande mudança na equipa de futebol principal operada pela novidade governo de André Villas-Boas, presidente eleito em Abril com mais de 80% dos votos. Sérgio Conceição tinha renovado contrato por quatro épocas a exclusivamente dois dias das eleições, mas aceitou transpor do FC Porto posteriormente ter conhecimento de que o dirigente não contava com ele para a próxima temporada. Conceição terá ainda tentado receber 14 milhões de euros, valor referente a uma cláusula que abordava a contratação de um adstrito da equipa técnica para lugar de treinador, mas sairá mesmo sem incumbência para o clube.
Depois das reuniões entre advogados de ambas as partes que confirmaram a saída do agora ex-treinador, o FC Porto ficou livre para anunciar a contratação de Vitor Bruno, formalidade cumprida na tarde desta quinta-feira à Percentagem de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e adeptos portistas.