Apontada uma vez que favorita à presidência da Percentagem Europeiaa candidata principal do PPE, Ursula von der Leyen, enfrenta um trajeto difícil até à sua eventual (re)eleição pelo Parlamento Europeu, onde necessita de uma maioria longe de estar assegurada.
Com a votação já em curso para as eleições europeias de 2024, que decorrerão nos 27 Estados-membros da União entre 06 e 09 de junho, todas as sondagens apontam para uma novidade vitória do Partido Popular Europeu (PPE) à graduação europeia — um pouco que sucedeu sempre no século XXI -, adiante dos Socialistas europeus, do qual “candidato principal” (ou ‘spitzenkandidat’) é o luxemburguês Nicolas Schmit.
No entanto, mesmo confirmando-se a anunciada vitória do PPE, o que em teoria lhe dá ‘recta’ ao lugar institucional de topo mais cobiçado, e Von der Leyen seja efetivamente o nome acordado pelo Recomendação Europeu, a dirigente alemã, que procura igualar o recorde de longevidade uma vez que presidente do executivo comunitário partilhado por Jacques Delors e Durão Barroso (10 anos), terá de testificar uma maioria (simples) no ‘novo’ Parlamento Europeu que resultar das eleições, que se antecipa muito mais fragmentado e com uma presença reforçada da extrema-direita.
A polémica ‘exórdio’ manifestada por Von der Leyen durante a campanha eleitoral a uma eventual colaboração com o Grupo dos Conservadores e Reformistas (ECR) — que inclui partidos radicais uma vez que o Vox (Espanha), o Lei e Justiça (PiS, Polónia), o Reconquista (França) e os Irmãos de Itália — indignou as famílias políticas europeias de centro-esquerda, e torna ainda mais delicada a sua difícil missão de prometer uma maioria na votação parlamentar.
Socialistas, Liberais, Verdes e Esquerda Europeia já avisaram que não apoiarão Von der Leyen se houver qualquer tipo de confederação com a direita radical, o que inviabilizaria a reeleição, pois mesmo que todos os eurodeputados da sua família política, o PPE, e do ECR votassem em prol da dirigente alemã, tal seria manifestamente insuficiente para prometer uma maioria que, há cinco anos, Von der Leyen já teve dificuldades em testificar.
Nas últimas eleições só conseguiu ser eleita por uma margem de nove votos
Em julho de 2019, Ursula von der Leyen, mesmo com o espeque das três maiores bancadas do Parlamento Europeu saído das eleições de maio desse ano — PPE, Socialistas e Liberais -, só conseguiu a eleição por uma margem de nove votos entre 733 expressos, ao receber 383 votos em prol, 327 contra, 22 abstenções e um voto nulo.
Ironicamente, Von der Leyen só conseguiu ser eleita graças aos votos em prol de muitos deputados do partido polaco PiS (logo no poder) e do Fidesz, do primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, um pouco que certamente não voltará a suceder, depois de, no último procuração, a Percentagem ter avançado com procedimentos de infração por violações do Estado de recta em ambos os países.
Leste ano, e caso seja designada pelo Recomendação Europeu, Ursula von der Leyen enfrenta uma missão aparentemente ainda mais exigente para testificar a maioria necessária no Parlamento, ou seja, metade mais um dos votos expressos (361), pois serão 720 os deputados na novidade legislatura.
Ursula von der Leyen descartou qualquer cooperação com o grupo Identidade e Democracia (ID), que, entretanto, expulsou o seu membro de extrema-direita mais ‘tóxico’, a Selecção para a Alemanha (AfD), mas conta com partidos radicais uma vez que a Liga, de Matteo Salvini (Itália), e o União Pátrio, de Marine Le Pen (França).
No entanto, ao não excluir trabalhar com o grupo ERC, presidido pela primeira-ministra italiana e líder dos Irmãos de Itália, Giorgia Meloni, que classifica uma vez que uma “Europeuista” e da qual se foi aproximando na reta final do atual procuração, Von der Leyen corre o risco de hipotecar o espeque do centro-esquerda e protagonizar um pouco ainda nunca testemunhado na história do projeto europeu: o nome proposto para a presidência da Percentagem ser ‘chumbado’ pelo Parlamento Europeu.
De contrato com os Tratados da UE, na eventualidade de o nome proposto pelo Recomendação para presidente da Percentagem não entender a maioria necessária no Parlamento, os chefes de Estado e de Governo dos 27 têm o prazo de um mês para apresentar novo candidato.
Com a sessão constitutiva da novidade câmara agendada para 16 a 19 de julho, a eleição do presidente da Percentagem Europeia deverá ocorrer na primeira sessão plenária do Parlamento Europeu em seguida as férias de verão, entre 16 e 19 de setembro.