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Ursula von der Leyen fez as contas. Para conseguir um segundo procuração avante da Percentagem Europeia, precisava do esteio dos 53 eurodeputados Verdes. Portanto, acedeu a um mínimo das exigências dos Verdes: focou-se no calendário de redução das emissões de gases com efeito de estufa e prometeu ter um novo Pacto Ecológico Industrial nos primeiros 100 dias do novo procuração. A protecção da natureza, no entanto, não mereceu a mesma atenção.
Os 26 eleitos dos Irmãos de Itália, o partido da primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, não chegariam para lhe prometer os votos necessários para a reeleição. Por isso, Von der Leyen deu-se ao luxo de os desperdiçar: “O nosso esteio tornou-se impossível quando os Verdes oficializaram o voto favorável a [Von der Leyen]”, afirmou Carlo Fidanza, líder do grupo dos Irmãos de Itália no Parlamento Europeu (PE), citado pelo jornal A República.
Von der Leyen assegurou que vai continuar a tutelar os objectivos do Pacto Ecológico, declarou. Mantém os objectivos para 2030 e 2050 e propôs uma novidade meta vinculativa de redução nas emissões de gases de estufa, nos 27 Estados-membros, de 90% até 2040, tendo porquê referência 1990. Haverá “um novo foco na implementação e investimento”, para que os países cumpram as reduções com que se comprometeram.
Para presidente alemã da Percentagem Europeia prometeu ainda apresentar um projecto para concordar os países a adaptarem-se aos efeitos das alterações climáticas – porquê a seca e os incêndios florestais que afectam países do Sul, porquê Espanha, Grécia e Portugal.
“O que estamos a fazer hoje é a dar um voto de crédito”, disse, por seu lado, Bas Eickhout, o eurodeputado dos Países Baixos co-presidente do grupo dos Verdes no PE, num expedido. “Agora, Ursula von der Leyen tem de provar que quer mesmo progredir no Pacto Verdejante”, frisou.
No entanto, Von der Leyen, que vem do Partido Popular Europeu (PPE), prometeu que o Pacto Ecológico será cumprido “de forma pragmática” – cá a falar para a sua família política de centro-direita, direita e até a extrema-direita que se tornou tolerável, a de Giorgia Meloni. Neste espectro político, o exalo com as políticas ambientais vai de moderado a nulo.
Por exemplo: a presidente da Percentagem garantiu que se manterá a decisão polémica de banir a venda de veículos novos que produzam emissões de gases de estufa a partir de 2035. No entanto, prometeu que será aprovada uma emenda para permitir o uso de combustíveis sintéticos, também chamados e-combustíveis – um tanto que satisfaz o PPE, e grandes fabricantes de automóveis, nomeadamente os da Alemanha.
Os e-combustíveis são produzidos sintetizando as emissões de dióxido de carbono (CO2) capturadas, para obter hidrogénio, o que resulta em electricidade renovável ou isenta de CO2. No entanto, a produção destes combustíveis é muito rostro, e exige uma grande quantidade de robustez renovável – que poderia ser usada directamente em veículos eléctricos ou outros fins.
Von der Leyen prometeu ainda que os agricultores seriam recompensados por “trabalhar com a natureza, preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais”. Mas não fez qualquer sugestão de condicionar os apoios da Política Agrícola Generalidade à protecção do envolvente, por exemplo. Zero sobre o uso de pesticidas – a Percentagem retirou a sua proposta de legislação para o uso sustentável de pesticidas na cultivação por não possuir concordância.
“É um programa ecológico? Não”, disse ao O mundo Terry Reintke, co-presidente dos Verdes no PE, que ainda assim apoiou a reeleição de Von der Leyen.
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