Março 23, 2025
A lufada de ar fresco da substituição no futebol

A lufada de ar fresco da substituição no futebol

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Falou e disse. ‘Esfera de Ouro e The Best estão a perder substituição.’ Na ressaca da gala dos Globe Soccer Awards, no Dubai, o tom crítico de Cristiano Ronaldo faz-se sentir em entrevista ao jornal português Record.

É admissível o sentimento do capitão de Portugal sobre os prémios anuais da FIFA e da France Football? O ponto de partida para qualquer votação é sempre mal-agradecido, porque o braço-de-ferro racional/sentimental tem muito que se diga. Há sempre milénio e um fatores, todos eles pesam toneladas de sentimento, todos eles carregam um peso de razão (in)discutível na hora de mostrar um mais adiante dos outros todos.

Há infinitos debates interessantes à luz desse esgrimir de argumentos entre razão e sentimento, porquê o de melhor estrangeiro em Portugal. Elejo Madjer pela qualidade futebolística e ainda pela capacidade de entrar na história de Portugal com o gol de calcanhar ao Bayern na final da Taça dos Campeões e o chapéu de aba larga ao Peñarol na final da Taça Intercontinental. Misto cá sentimento (qualidade futebolística) com razão (fatos).

É tudo? Ou melhor, é só isso? E esmiuçar Madjer, o que tal? Interessa saber se ele é bom profissional, se vai a todos os treinos, se se treina com vontade, se é bom companheiro, se faz bom balneário? É um pacote de perguntas genuínas, oriente ‘interessa saber’ zero tem a ver com uma ou várias rasteiras – oriente texto é sobre jogo (e pensamento) limpo. E acrescentamos em tom de duelo à eleição de Madjer, e o Jardel? E o Deco? E o Balakov? E o Yazalde? E o Valdo? Quantos velhos do Restelo dirão Cubillas de caras e quantos novos de Alfama dirão Jonas sem pestanejar?

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Nem é preciso ir mais longe, há quem reclame Jonas na onze de sempre do Benfica em vez de Torres num esquema 4-2-4 com José Augusto à direita, Eusébio no meio e Simões à esquerda. Faz sentido? Só porque ganha quatro títulos de vencedor português em cinco épocas? Só porque marcou 137 gols em 183 gols? Só, dirão os mais espantados com o uso abusado desse advérbio. E agora?

E agora, zero. É assim mesmo, a votação é “só” uma votação. Zero de mais. Não funciona porquê verdade absoluta nem mede a história de ninguém. Maradona e Pelé, juntos, têm zero Bolas de Ouro. Pudera, na profundidade o prémio é o mais europeu provável, e só em 1995 se assiste à franqueza da globalização, ainda por cima com o título de Weah (Libéria). Mesmo assim, as ditas injustiças acontecem numa base anual. Às vezes, o mesmo jogador pode ser duplamente injustiçado. O caso mais sintomático é o de Deco no FIFA 2004. Portanto o varão é vencedor europeu pelo FC Porto, chega à final do Euro por Portugal, ainda se transfere a meio do ano para Barcelona, ​​onde a sintonia com Ronaldinho é para lá de perfeita , e nem foi tido nem descoberta para os três primeiros? (Ronaldinho em primeiro, Henry em segundo, Shevchenko em terceiro). Pior, acaba no sétimo. Jaaaaaasus.

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Antes, em 1987, Gullit ganha o Futre por 15 pontos. Uma vez que assim? Não tem a ver com lóbis nem falcatruas ou jogos de interesse, tem sim a ver com regimento e o que essa vocábulo transmite e arrasta na cabeça pseudo-pensadora dos entendidos na material. Gullit foi para o Milan e ganhou dimensão internacional, Futre escolheu o Atlético Madrid e manteve-se na classe média europeia, muito embora fosse vencedor europeu em título pelo FC Porto. Pergunta, válida tanto para 1987 porquê para 2004: qualquer votante desses prémios (seja jogador, seleccionador ou jornalista) acompanha numa base semanal a 1.ª repartição portuguesa? Tapume de zero. Daí o título para Gullit, daí o sexteto adiante de Deco.

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De volta ao início, a Esfera de Ouro nunca teve repetição. Nem quando Ronaldo ganhou por seis vezes. Ou cinco, já nem me lembro. Sete não foram, porque Messi conquistou agora a oitava oitava e distanciou-se ainda mais da concorrência. Ó O Melhor, idem idem. O Globe Soccer Awards, aspas aspas – o que expressar de um prêmio com 13 anos de existência em que Jorge Mendes ganha 11 vezes o prêmio de melhor agente, Messi só é eleito uma vez o melhor jogador e Cristiano seis?

Engraçado, Ronaldo queixa-se da falta de renovação e esquece-se de que ele próprio viciou esse sistema de voto durante anos e anos. Se analisarmos as suas escolhas para os três primeiros melhores do ano da FIFA, o capitão de Portugal só votou Messi uma única vez entre 2010 e 2021 (já Messi só menciona Ronaldo em 2018, porquê terceiro classificado, e 2019, porquê segundo). O que dizem esses votos sobre os votantes em si? Que a vocábulo substituir precisa de uma lufada de ar fresco.

Eis os votos

Ronaldo

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Xavi Casillas Sneijder 2010

2011 Não votou

2012 Não votou

Falcão Bale Özil 2013

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Benzema Ramos Bale 2014

BenzemaJames Bale 2015

Bale Modric Ramos 2016

2017 Modric Ramos Marcelo

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2018 Varane Modric Griezmann

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2019 De Ligt De Jong Mbappé

Lewandowski Messi Mbappé 2020

2021 Lewandowski Kanté Jorginho

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MESSI

2010 Não votou

Xavi Iniesta Agüero 2011

Iniesta Xavi Agüero 2012

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2013 Iniesta Xavi Neymar

Di María Iniesta Mascherano 2014

Suárez Neymar Iniesta 2015

Suárez Neymar Iniesta 2016

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2017 Suárez Iniesta Neymar

Modric Mbappé Cristiano 2018

2019 Mané Cristiano De Jong

2020 Neymar Mbappé Lewandowski

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2021 Neymar Mbappé Benzema

2022 Neymar Mbappé Benzema

2023 Haaland Mbappé Julian Álvarez

O responsável escreve de convénio com a ortografia antiga.

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