Março 22, 2025
A mente pragmática de Henry Kissinger: uma epílogo distinta

A mente pragmática de Henry Kissinger: uma epílogo distinta

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No ano pretérito, tive a oportunidade de participar de uma conferência em Ditchley Park, uma mansão imponente em Oxfordshire, Inglaterra, que ganhou reconhecimento recente porquê cenário da residência do Ministro das Relações Exteriores em ‘The Diplomat’, da Netflix. Durante a minha estadia, fui eleito para a “sala Henry Kissinger” – um espaço que já hospedou o eminente diplomata enquanto ele debatia as complexidades da dissuasão nuclear com o ex-secretário de Estado Dean Acheson em 1963. Fazendo uma pausa para ler uma missiva emoldurada escrita por Kissinger na parede da sala, me peguei refletindo sobre o legado profundo e perpétuo deixado por esse falecido estadista.

Numerosas biografias dissecaram a vida de Henry Kissinger, oferecendo um grande espectro de perspectivas. Desde avaliações elogiosas até críticas duras que carregam acusações de crimes de guerra, estes relatos irão, sem incerteza, preencher as páginas de inúmeros artigos de opinião e elogios nos próximos dias e semanas. Entre eles, um dos mais interessantes que li é ‘Kissinger: 1923-1968: The Idealist’, de Niall Ferguson. Esta biografia, capturando uma temporada da vida de Kissinger antes de ele assumir o papel pelo qual muitos o conheceriam, desafia a percepção preponderante dele porquê o pragmático por superioridade na política e na diplomacia. Talvez ele fosse, na melhor das hipóteses, uma espécie de “ideólogo pragmático”.

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Independentemente dos sentimentos pessoais em relação a ele, há certamente também lições que podemos retirar da sua abordagem pragmática à diplomacia. Uma dessas lições que tentei incorporar na minha resguardo foi o seu parecer de envolver diversas partes interessadas e personalidades de todos os lados de uma questão ou debate – “para compreender outros países tanto quanto provável, não exclusivamente a nível político, mas também sua cultura e filosofia.” Ao visitar um país ou estado, isto pode ser alargado ao envolvimento com partidos da oposição e legisladores. Finalmente de contas, as figuras da oposição têm muitas vezes mais tempo para se reunirem do que as figuras do governo. Provavelmente lembrar-se-ão da boa vontade que lhes foi concedida se mais tarde assumirem posições de poder. É lógico que as pessoas se lembrem daqueles que demonstram interesse por elas em tempos difíceis, em vez daqueles que buscam envolvimento exclusivamente quando estão no auge. O envolvimento com partidos da oposição e legisladores permite interações mais significativas e estabelece as bases para relações duradouras ancoradas na boa vontade estendida aos indivíduos e às suas causas.

Esta abordagem encontra sonância na estudo contemporânea, traçando paralelos com o noção de preconceito binário do psicólogo organizacional Adam Grant. De combinação com Grant, os indivíduos tendem a perceber o mundo em preto e branco, muitas vezes ignorando o veste de que o mundo tem nuances e é melhor caracterizado por tons de cinza. Quando aplicada à diplomacia e à resguardo de direitos, a inclinação do “preconceito binário” pode resultar numa relutância em envolver-se com aqueles que são considerados do lado oposto àqueles que consideramos inimigos, dificultando a colaboração num potencial terreno geral. Levada ao extremo, esta aversão pode impedir o potencial de um impacto positivo em questões partilhadas com as quais ambas as partes se preocupam.

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Na minha experiência de mais de uma dezena de advocacia, procurei erigir relações com os partidos da oposição e do governo, reunindo-me activamente com membros de partidos de vários espectros políticos e não exclusivamente com aqueles que estão no poder. Isto tem sido segmento de um esforço concertado para promover o suporte bipartidário às questões sobre as quais faço campanha. É particularmente eficiente em democracias parlamentares, onde os indivíduos da oposição mantêm frequentemente os seus assentos parlamentares mesmo depois de deixarem o governo, com potencial para retornar ao governo. Para causas defendidas pela Global Citizen, que vão desde a erradicação da poliomielite até ao suporte aos pequenos agricultores na risca da frente da crise climática, esta estratégia revelou-se fundamental para manter o suporte contínuo, mesmo através de mudanças no governo, à medida que estas ocorrem inevitavelmente. No mínimo, as figuras da oposição podem desempenhar um papel crucial na responsabilização dos governos pelas promessas que fizeram.

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Eu vi o impacto dessa abordagem antemão. Rubricas inteiras do orçamento para programas globais de vacinação sanitária, por exemplo, foram protegidas na Austrália em seguida a mudança de governo nas eleições federais de 2013, devido ao tempo que despendemos para cultivar o suporte bipartidário em ambos os lados do galeria.

É evidente que, porquê todas as abordagens de advocacia, oriente proporção de “idealismo pragmático” pode ser utilizado por nobres e propósitos questionáveis. Os críticos de Kissinger o rotulam porquê tendo agido de forma amoral durante seu procuração, com consequências horríveis. Em contraste, outros afirmam que a sua visão sobre questões geopolíticas, porquê a China e outras potências globais, desempenhou um papel fundamental na remodelação do mundo e na promoção da silêncio. Dada a controvérsia em torno do seu legado, talvez não seja surpreendente que um louvor frequentemente postergado da biografia de primeira risca de Kissinger tenha sido o recebimento do Prêmio Nobel da Silêncio. Levante prémio pode ter sido ofuscado pelos debates em torno do seu alegado envolvimento nos horrores da Guerra do Vietname e nos bombardeamentos associados no Camboja durante o mesmo período.

E, no entanto, para complicar ainda mais as coisas, esta abordagem pragmática – envolvimento com diversas partes interessadas, incluindo supostos inimigos – levou Kissinger à histórica primeira reunião com o portanto primeiro-ministro chinês, Zhou Enlai, no início da dezena de 1970. Esta interacção foi considerada uma das conquistas mais significativas e de longo alcance de Kissinger – abrindo caminho para a reentrada da China na ordem internacional na dezena de 1970. Mesmo até ao seu falecimento, Kissinger manteve uma postura relativamente menos agressiva nas relações EUA-China quando comparada com a mais recente retórica belicosa na colina em Washington, acreditando que tais relações antagónicas seriam más tanto para as superpotências porquê para o mundo. No totalidade, diz-se que ele visitou a China mais de 100 vezes desde aquela primeira reunião.

Quer seja lembrado porquê uma figura controversa semelhante a um criminoso de guerra ou porquê o equivalente de Bismarck no século XX, devotado a preservar a silêncio através da diplomacia do estabilidade de poder, a caixa de ferramentas diplomáticas de Kissinger oferece lições duradouras. As qualidades associadas à diplomacia pragmática, porquê o envolvimento com figuras políticas da oposição e a promoção do alcance dos nossos supostos inimigos, têm uma relevância acrescida no nosso mundo contemporâneo. Hoje, marcados pela premência urgente de cooperação e solidariedade globais, tanto a nível interno porquê extrínseco, estes princípios são mais cruciais do que nunca para enfrentar os formidáveis ​​desafios do nosso tempo e inaugurar a silêncio e a prosperidade para as gerações futuras.

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Michael Sheldrick é o responsável do próximo livro: “Da teoria ao impacto: um manual para influenciar e implementar mudanças em um mundo dividido”. Disponível para pré-encomende cá.

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