Há trinta e quatro anos, Kevin Costner estreou seu drama ocidental brega, emocionante e culturalmente duvidoso Danças com Lobos. Ele ganharia vários Oscars, incluindo o prêmio de diretor para Costner. Esse sucesso parecia vaticinar a chegada de um novo ator que virou responsável, dois anos antes Clint Eastwood ganhou seu Oscar por imperdoável. Mas o comitiva da direção de Costner, O carteiro, não tocou nem uma vez; foi um sinistro custoso que manteve Costner longe da cadeira de diretor por quase uma dez. Ele portanto voltou a se formar, em menor graduação, para Alcance Lhanoantes de permanecer inativo mais uma vez.
Nos últimos anos, porém, Costner teve um renascimento porquê ator na série neo-ocidental de grande sucesso. Pedra Amarela. Isso, por sua vez, deu-lhe o prestígio para revisitar mais uma vez os céus abertos e as armas em chamas de seu querido gênero. Ele saiu da série (por vários motivos de agendamento, foi relatado) e começou a trabalhar em Horizonte: uma saga americanaum homérico de quatro partes que, esperava-se, seria o tipo de evento cinematográfico arrebatador e retrógrado (do tipo não-super-herói ou de ficção científica) que quase não existe mais.
Capítulo 1 de Horizonte estreou no Festival de Cinema de Cannes deste ano, o que parecia um bom presságio. Certamente nascente festival chique e pomposo só estrearia um filme de qualidade – poderia ser um pouco piegas, mas não há zero de falso nisso se for muito feito. Mas infelizmente, Horizonte está longe de ser majestoso, ou mesmo harmónico. Uma confusão de enredos clichês renderizados em cores desbotadas (e performances desbotadas), Horizonte pode rivalizar Megalópole porquê a maior confusão americana em Cannes deste ano. Simples, o que parece desordenado pode se tornar genial quando chegarmos ao final do projeto – mas dez horas é um tempo muito longo para esperar para desenredar.
A coisa mais estranha e desanimadora sobre o filme é que ele não parece um filme. Costner, que co-escreveu o roteiro com Jon Baird, nos apresenta os personagens e tramas de uma temporada de televisão. Ele pula de um sítio para outro, assim porquê A Guerra dos Tronos fez. No entanto, Costner nunca nos deixa sentir a grande interligação destas histórias. Eles brincam porquê distrações um do outro, intrometendo-se quando alguma coisa mais estava, talvez, prestes a encontrar alguma força. O filme termina com um clipe de cenas da próxima parcela, porquê que para nos seduzir com mais por vir. Mas apesar das três horas de duração do primeiro capítulo, não tivemos espaço para nos interessar pelo que está sendo provocado. A escrita e a direção são tão erráticas e confusas que é quase impossível desenredar quem são os vários personagens, muito menos o que eles procuram realizar.
As três narrativas centrais, a meu ver, dizem saudação aos habitantes maltrapilhos de um assentamento no vale do rio San Pedro (chamado Horizonte); um pistoleiro rude atravessando as montanhas mais ao setentrião com uma mulher e uma petiz a reboque; e um trem de vagões da trilha Santa Fe serpenteando em direção a Horizon. (Eu acho?) Há, sem excitação, um quarto tópico, sobre cismas dentro das tribos Apache que são nativas do território em que Horizon foi construído às pressas. Mas o filme unicamente fala da boca para fora. Principalmente, eles funcionam porquê antagonistas brutais dos habitantes da cidade de Horizon, que são quase exterminados em um ataque noturno que é uma das poucas sequências de ação do filme – o resto é a conversa mais monótona e rouca.