Pedro Nuno Santos foi recebido por um protesto das forças de segurança à ingresso de um comício em Vila Franca do Campo, na ilhota de São Miguel, nos Açores, que pintou cartões vermelhos no ar e cantaram o hino vernáculo. O líder do PS garantiu que o partido terá uma “solução” no seu programa eleitoral para que estes profissionais “se sintam dignos”.
“Nós estamos a trabalhar numa solução para que vocês se sintam respeitados, valorizados, dignos. Essa é a nossa preocupação”, disse Pedro Nuno Santos, que reconheceu que o papel das polícias “na segurança do nosso povo é tremendo”. “Temos consciência disso”, guardado, frente aomembros da PSP, GNR e guardas prisionais.
“Temos saudação pelo nosso trabalho e estamos a trabalhar numa solução para que vocês se sintam dignos”, vincou, adiantando ainda que essa solução será “apresentada no programa de governo”.
Já dentro do pavilhão, onde discursou no comício dos socialistas tendo em vista as eleições regionais açorianas do próximo domingo, Pedro Nuno Santos disse também que “temos de saber ouvir, saber respeitar” as “preocupações e reivindicações” das polícias. “Temos sempre que tentar encontrar respostas para os problemas do nosso povo. Obviamente que estamos atentos”, disse, em resposta aos jornalistas.
Questionado sobre os protestos dos agricultores, em relação aos quais perderam estar preocupados, estas também que “temos que perceber, ter empatia, sentir os problemas dos outros e procurar soluções”. “É com esse espírito que estamos a trabalhar”, rematou, ao lado de Vasco Cordeiro, líder do PS-Açores e candidato a presidente do governo regional.
Pedro Nuno acusa PSD de produzir “novidade confederação” com o Chega
Já durante o oração, frente a uma sala com centenas de socialistas, Pedro Nuno Santos alinhou com a estratégia de Vasco Cordeiro, de bracejar com o terror do Chega, e acusou o PSD de ter estabelecido uma “novidade confederação política”, o “Chega -D”, que “não resolveram nenhum problema” nos Açores, “antes acrescentaram”. “NNão podemos voltar a responsabilizar neles para prometer o que não conseguimos prometer nestes anos”, defendeu.
Falando antes de Vasco Cordeiro, o líder do PS sublinhou que a “instabilidade marcou a governação” do PSD “desde o primeiro dia”, já que José Manuel “Bolieiro tinha prometido aos açorianos que não faria nenhum concórdia com o Chega”, mas, “perante a premência, fez o concórdia que sempre disse que não faria”.
E, agora, já disse que “não fecha portas”, nem “abre portas” ao Chega. “Que substituição tem para assumir compromissos?”, questionou Pedro Nuno. “Não tem nenhuma substituição. Ninguém pode hoje responsabilizar”, respondeu.
Passando depois ao cenário vernáculo, num oração de muro de 30 minutos que serviu também de campanha para as eleições legislativas, o secretário-geral do PS acusou o PSD de “nunca” ter cumprido com as suas promessas, já que, em 2011, “ cortaram atrasos em nome da dívida pública” e deixaram, em 2015, “superior à que herdaram”.
Rui Gaudêncio
Nos Açores, “não foi dissemelhante”, visto o incremento da dívida, assim porquê a “pobreza” ou o “descuramento escolar”, salientou, procurando mostrar que um concórdia com o Chega “não é só uma aritmética”, mas “tem consequências” .
O secretário-geral escolheu, a seguir, uma série de prioridades, porquê a autonomia dos Açores, defendendo que “não faz qualquer sentido” a figura do representante da República. Ou a coesão social, material em que aproveitou para registar a meta de colocar o salário mínimo de milénio euros em 2028.
E ainda os pensionistas, que utilizaram para atirar contra Luís Montenegro. “Eles sabem que têm de se reconciliar porque foram os mais mal tratados durante o governo do PSD”, disse, apontando ainda que “as políticas têm de evoluir” não que diz saudação ao complemento solidário para idosos, que considera que deve deixar de equacionar os rendimentos dos filhos. Por término, insistiu na teoria de que a economia tem de ser “mais diversificada” para prometer o incremento parcimonioso.
Repetindo a estratégia do dia de bracejar o fantasma do Chega, o líder do PS-Açores, Vasco Cordeiro reiterou que o PSD não conseguirá “trazer segurança num horizonte próximo”, se não o fez nos últimos anos, e voltou a pedir uma “coligação “para trabalhar a extrema-direita de chegar ao governo. “Não passarão”, sinceramente.