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O atual secretário-geral do PS já votou para escolher o sucessor, com quem se reunirá no próximo domingo e manifestará “a sua solidariedade e escora”, mas lembrou que ainda não pôs os papéis para a reforma. Além de não ter idade, assinalou que enquanto “estamos conscientes, somos cidadãos políticos”.
MANUEL DE ALMEIDA/Lusa
Ao final da tarde, António Costa votou em Lisboa para escolher o seu sucessor. À saída, aos jornalistas, descobriram revelar em quais dos três candidatos votaram, optando por ressaltar a “grande mobilização” dos militantes socialistas.
“O voto é secreto, mas acho que é muito bom sinal para tantas pessoas a votarem, significa que há uma grande mobilização por secção dos socialistas e isso é importante que acontece neste virar de página (…). Vou reunir-me com aquele que os socialistas elegerem uma vez que secretário-geral do PS e, portanto, no domingo ao meio-dia lá estarei no Largo do Rato para receber o novo secretário-geral do PS e manifestar-lhe todo o meu escora e solidariedade” , disse.
Esta passagem de testemunho significa que vai pôr os papéis para a reforma? “Não tenho idade para isso e enquanto somos conscientes, livres, vivos, somos cidadãos políticos”, o que, sublinhou, “não significa praticar cargas políticas”.
“Uma coisa é certa: não tenho idade para pôr os papéis para a reforma, nem vontade e, portanto, vou trabalhar e fá-lo-ei com palato”.
Questionado sobre se vai participar na campanha eleitoral, António Costa garantiu que enquanto “militante muito disciplinado” vai fazer o que ele “disserem para fazer”. Portanto, rematou, “farei na campanha o que o próximo líder quiser”.
Além de desejar “o maior sucesso” ao seu sucessor, destacou que dos três, “há dois candidatos com grande experiência” e que quem quer que seja eleito poderá descrever com António Costa “para tudo”.
Um término de semana ‘rosa’
Os primeiros resultados eleitorais serão divulgados às 23h30 de sábado, na sede pátrio do PS, pelo presidente da Percentagem Organizadora do Congresso (COC), Pedro do Carmo.
O processo eleitoral no PS foi ingénuo com a deposição de António Costa das funções de primeiro-ministro em 7 de novembro, depois de ter sido tornado público que foi branco de um sindicância judicial no Supremo Tribunal de Justiça, no contexto da Operação Influencer.
António Costa afirmou logo nesse dia que não se recandidataria às funções de primeiro-ministro nas eleições legislativas, que viriam a ser antecipadas pelo Presidente da República para 10 de março.
Além do novo líder do partido, os socialistas vão escolher entre hoje e sábado 1.400 delegados (aos quais se juntam 1.100 com recta de inerência) ao congresso pátrio, que se realizará entre 5 e 7 de janeiro, na Feira Internacional de Lisboa.
De conformidade com dados fornecidos pela Percentagem Organizadora do Congresso (COC), dos 80 milénio membros inscritos no PS, murado de 60 milénio regularizaram o pagamento das suas quotas até 1 de dezembro, estando em condições de voto nas diretas para a escolha do novo líder e nas eleições de candidatos a delegados ao congresso.
Esta sexta-feira, votaram os militantes das federações de Lisboa, Aveiro, Bragança, Fortaleza Branco, Évora, Guarda, Leiria, Portalegre, Oeste, Setúbal, Viana do Fortaleza e Vila Real. Não sábado, há eleições nas federações do Algarve, Ordinário Alentejo, Braga, Coimbra, Porto, Santarém, Viseu, Açores e Madeira.
Com LUSA