Março 21, 2025
As canções pop-rock de Natal que o mundo esqueceu

As canções pop-rock de Natal que o mundo esqueceu

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Natal e música pop não são incompatíveis. A lista de artistas que gravaram uma música natalina ou fizeram um ou mais álbuns com canções de termo de ano. Elvis Presley e Frank Sinatra nos anos 1950, Beach Boys nos anos 1960, Johnny Cash, Ray Charles e, mais recentemente, Los Lobos, Bob Dylan e Norah Jones fizeram suas discotecas especiais de Natal. Até jazzistas porquê Ella Fitzgerald entraram nessa.

Mas só algumas músicas natalinas tocam muito todo ano. Além das tradicionais, porquê “Noite Feliz”, são sempre grandes as chances de topar com “White Christmas”, de Bing Crosby – presente no “Guinness Book of Records” porquê a música mais vendida da história, com 50 milhões de cópias desde seu lançamento em 1942.

Quase onipresente no planeta a cada dezembro é “Happy Xmas (War Is Over), de John Lennon e Yoko Ono – e, no Brasil, toca muito também “Logo É Natal”, a versão em português da cantora Simone para esta música que o ex-beatle lançado em 1971.

Essas e algumas outras formam um clube pequeno. A maioria das canções pop de Natal são esquecidas depois do ano em que chegam às lojas (ou, hoje em dia, ao streaming). Dá para manifestar que a maioria dessa maioria não merece o mesmo tipo melhor. Mas algumas merecem ser relembradas com maior frequência.

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Levante é o caso de grande surpresa do mercado fonográfico dos EUA em 2023. Depois de 65 anos, “Rockin’ Around the Christmas Tree”, da cantora Brenda Lee, alcançou o 1º lugar de singles da Billboard, paragem solene dos EUA e referência do que faz sucesso para o resto do mundo.

Brenda Lee era uma fenomenal cantora-prodígio de rock’n’roll e country de 13 anos quando gravou “Rockin’ Around the Christmas Tree” em 1958.

A autoria é de um compositor especializado em canções de Natal, Johnny Marks, que já tinha feito o sucesso com “Rudolph, the Red-Nosed Reindeer” em 1949 – diga-se: Rudolph, a rena do nariz vermelho, é uma geração de Marks, não uma traição antiga de Natal.

Marks fez “Rockin’ Around the Christmas Tree” quando descansava numa praia. Logo depois, ofereceu a melodia a Brenda Lee, que logo ostentava o sobrenome “Miss Dynamite”.

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Curiosamente, Brenda não entrou na paragem da Billboard com essa música em 1958. Nem quando a gravadora tentou de novo com um relançamento do compacto em 1959.

Só no termo do ano de 1960 é que “Rockin’ Around The Christmas Tree” se infiltrou pela primeira vez na paragem, chegando ao 14º lugar. Nesse momento, Brenda era uma jovem versátil que fazia mais sucesso que na estação em que era uma menininha explosiva.

Agora em 2023, aos 79 anos de idade, Brenda Lee relançou a mesma gravação que fez quando era moça com um clipe simples com participação das cantoras country Tanya Tucker e Trisha Yearwood, e colocou a música até no Tik Tok.

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O resultado foi essa chegada ao 1º lugar da paragem graças a vendas, audições e exibições.

Nenhuma gravação demorou tanto tempo para saber o primeiro lugar. E Brenda superou em 15 anos o recordista anterior Louis Armstrong para tornar-se a pessoa com mais idade (e primeira septuagenária) a chegar ao topo da paragem, mesmo que a gravação tenha sido feita quando ela entrou na mocidade.

Vamos a uma seleção de músicas pop-rock de Natal que merecem ser parecidas com a de Brenda Lee. A ordem é totalmente solicitada.

1- Chuck Berry – “Corra Rudolph, Corra” (1958)

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Em 1958, ainda em seu primeiro auge de pioneiro do rock’n’roll, Chuck Berry fez “Run Rudolph Run” imaginando a rena do nariz vermelho porquê uma veloz e muito eficiente ajudante de Papai Noel. Era o lado B do compacto “Feliz Natal, querido”.

Pouco depois, Berry teve a surpresa de desenredar que o personagem Rudolph, muito porquê seu nome, eram marcas registradas de Johnny Marks, o compositor natalino mencionado supra no trecho sobre Brenda Lee.

Marks entrou com processo e ganhou o recta de ser creditado porquê o compositor de “Run Rudolph Run”, dando um chega pra lá em Berry. Também foi incluído o nome de um parceiro, Marvin Brodie – segundo Berry, uma pessoa fictícia criada por Marks para lucrar ainda mais verba com os direitos autorais.

Chuck Berry fez duas músicas gêmeas de “Run Rudolph Run”: o mega clássico “Johnny B. Goode” e “Little Queenie”. Estas creditadas a ele até hoje.

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O clipe solene entusiasmado supra, que transforma Chuck em parceiro de Papai Noel na noite de Natal, foi feito e lançado em 2020.

2- Elvis Presley – “Feliz Natal, Bebê” (1957)

Elvis gravou muitas músicas de Natal. Seu primeiro álbum natalino saiu em 1957, ainda em seu primeiro auge porquê Rei do Rock’n’Roll, e tinha porquê carro-chefe a maravilhosa “Santa Claus Is Back In Town”.

Mas há outra filete sensacional gravada por Presley em 1971 que não teve o mesmo destaque: “Merry Christmas Baby”, um blues lento que parece gravado numa madrugada depois que o bar fechou as portas.

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O original foi lançado em 1948 pelo trio vocal Johnny Moore’s Three Blazers. Dez anos depois, Chuck Berry fez um cover (citado no trecho supra sobre “Run Rudolph Run”).

Enciclopédia músico de blues, rhythm’n’blues, country e gospel, Elvis resgatou a melodia para seu álbum “Elvis Sings The Wonderful World of Christmas”, de 1971, e botou muita personalidade na versão.

3- Otis Redding – “Feliz Natal, Bebê”

O nome é o mesmo, mas a música é outra. Levante “Merry Christmas Baby” é um soul entusiasmado do sumptuoso cantor Otis Redding, escoltado pelo órgão festivo de Booker T. Jones. Porém, Otis não viu a filete ser lançada em disco.

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Foi uma de várias gravações que ainda eram inéditas quando Otis morreu aos 26 anos num acidente de avião em 10 de dezembro de 1967. “Merry Christmas Baby” só saiu para uma temporada de festas de 1968, porquê lado B do single “White Christmas” .

4- Novos Baianos – “Boas Festas” (1973)

Uma das mais belas composições da música popular brasileira é “Boas Festas”, escrita pelo baiano Assis Valente numa triste e solitária véspera de Natal em 1932 depois de quatro anos de vida dura no Rio de Janeiro. Por ser mais tristonha, quase deprê, “Boas Festas anda muito menos ouvida nos dezembros recentes.

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Mas, em 1973, o impacto permanente de “Boas Festas” era mais intenso. E o grupo Novos Baianos aproveitou para regravar uma única música.

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Naquele momento, o coletivo de Moraes Moreira, Baby Consuelo, Paulinho Boca de Cantor e Pepeu Gomes tinha concluído de triunfar com o enorme sucesso do álbum “Acabou Chorare”, de 1972.

A filete de preâmbulo do referido LP era uma música de Assis Valente, “Brasil Pandeiro”, que tocou muito nas rádios. Com o termo do ano chegando, a margem tentou repetir a ração com outra melodia de Valente.

Os Novos Baianos se apresentaram no “Fantástico”, da Rede Orbe, com “Boas Festas” e a música chegou a ter qualquer impacto na estação, mesmo sendo lançada unicamente em compacto. Hoje, está injustamente esquecido.

5- Os Beach Boys – “Pequeno Santo Nick” (1963)

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Em novembro de 1963, O grupo dos irmãos Wilson lançou um compacto de Natal para comemorar seu primeiro ano de sucesso estrondoso na curso. “Little Saint Nick” é uma constituição do gênio Brian Wilson em parceria com o primo e vocalista Mike Love. Um ano depois, tornou-se a filete de preâmbulo do LP natalino “The Beach Boys’ Christmas Album”.

Em 2020, a margem (sem qualquer Wilson há muitos anos) lançou o clipe de animação solene supra.

6- Os Ramones – “Feliz Natal (Não Quero Rivalizar Esta Noite)” (1989)

Já veteranos, os Ramones incluíram uma música de Natal no álbum “Brain Drain”, de 1989. A letra de “Merry Christmas (I Don’t Want to Fight Tonight)” sugere um membro de um par pedindo uma trégua nas brigas e discute contínuas dentro do lar.

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No sentido translato, também pode ser um pedido de trégua para a inimizade entre o vocalista Joey e o guitarrista Johnny Ramone, que começou por volta de 1980 e não acabou nem com a morte de Joey em 2001 (Johnny morreu em 2004).

7- The Kinks – “Pai Natal” (1977)

A mais britânica de todas as bandas britânicas já estava muito longe dos primeiros lugares das paradas que conheceram nos anos 1960. Mas a originalidade e o tino de humor torto do líder Ray Davies seguiu inviolado em 1977, quando os Kinks lançaram o single natalino “Father Christmas ”.

Na letra, garotos pobres cercam um Papai Noel de loja e fecham que eles lhes dão verba, porque brinquedos não servem para zero. “Dê todos os brinquedos pros riquinhos”, ordenam os meninos enquanto ameaçam dar uma surra no bom velhinho.

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O conserto é do guitarrista Dave Davies, irmão pesado do vocalista e compositor. E foi Ray quem encarnou o Papai Noel/Father Christmas no clipe solene.

8- The Sonics – “Não acredite no Natal” (1965)

Uma das bandas mais cultuadas de garage rock da história, os Sonics já haviam lançado seus clássicos “The Witch” e “Psycho” quando participaram de um compacto de Natal de sua gravadora Norton no final de 1965.

Um lado do single ficou com The Wailers, margem contrarânea de Tacoma, Washington (cidade na região de Seattle). O outro trouxe os Sonics com um rock que negava o Natal. A melodia de “Don’t Believe in Christmas” remete a “Too Much Monkey Business”, do rabi Chuck Berry.

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9- Garotos Podres – “Papai Noel, Velho Batuta” (1985)

Para seu LP de estreia pelo selo independente Rocker em 1985, o grupo punk paulista Garotos Podres teve de subordinar suas letras à Exprobação Federalista, ainda ativo nos momentos finais da Ditadura Militar brasileira (1964-1985) e no comecinho da Novidade República.

É evidente que a filete “Papai Noel Fruto da P…” teve modificações na letra e o título ficou “Papai Noel, Velho Batuta”. O vocalista Mao, figura medial da margem, até achou que a transformação enriqueceu a música, tirando a obviedade do palavrão explícito.

É um clássico em seu gênero, mas não anda muito lembrado ultimamente.

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10- Grande Estrela – “Jesus Cristo” (1975)

Não tem Natal no título, não tem clichês natalinos na letra, mas é uma melodia dos quais refrão singelo é “Jesus Cristo nasceu hoje”. Uma sacada do cantor e compositor americano Alex Chilton para o terceiro e último álbum de sua margem Big Star, o bagunçado mas artisticamente impecável “3rd” (ou “Sister Lovers” em alguns lançamentos alternativos).

11- Tom Waits – “Cartão de Natal de uma Prostituta em Minneapolis” (ao vivo, 1978)

Em sua tempo boêmia em que se imaginava cantor de bar dos anos 1930 ou 1940, Tom Waits compôs a música sobre o cartão de Natal de uma prostituta de Minneapolis. No vídeo supra, de uma apresentação de TV no programa “Austin City Limits” em 1978, Waits abre cantando “Silent Night” (para a gente, “Noite Feliz”) antes de emendar “Christmas Card…”.

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12- Simon & Garfunkel – “Notícias das 7/Noite Silenciosa”

Falando em “Silent Night”, a dupla Simon & Garfunkel fez uma versão de tá impacto político em 1966. A voz cristalina de Art Garfunkel entoa a melodia tradicional enquanto ao fundo, com volume que vai subindo, ouve-se um noticiário da TV americana divulgando uma relação de soldados americanos mortos na Guerra do Vietnã.

O contraste entre a música de tranquilidade e o som da TV falando de guerra e morte é tocante.

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