Março 25, 2025
Astrónomos descobrem pela primeira vez um disco em torno de uma estrela doutra galáxia

Astrónomos descobrem pela primeira vez um disco em torno de uma estrela doutra galáxia

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Numa invenção notável, os astrónomos encontraram um disco em torno de uma estrela jovem na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia vizinha da nossa. Trata-se da primeira vez que um disco deste tipo, idêntico aos que formam planetas na nossa Via Láctea, é encontrado fora da nossa Galáxia. As novas observações revelam uma estrela jovem de grande volume a crescer e a apinhar material do meio que a envolve, dando assim origem a um disco em rotação. Esta invenção foi feita com o auxílio do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) no Chile, do qual o Observatório Europeu do Sul (ESO) é um parceiro.

Quando vi pela primeira vez evidências de uma estrutura rotativa nos dados do ALMAnem queria confiar que detectamos o primeiro disco de acreção extragaláctico, foi mesmo um momento próprio“, disse Anna McLeod, professora associada da Universidade de Durham, no Reino Unificado, e autora principal do estudo publicado hoje na revista Natureza. “Sabemos que os discos são exclusivos para a formação de estrelas e planetas na nossa Galáxia e, pela primeira vez, agora fazemos provas diretas da ocorrência do mesmo fenômeno noutra galáxia.

Levante estudo surge na sequência de observações com o instrumento MUSE (Multi Unit Spectroscopic Explorer) do Very Large Telescope (VLT) do ESO, que detectou um jato lançado por uma estrela em formação — o sistema foi eleito HH 1177 — no interno de uma nuvem de gás na Grande Nuvem de Magalhães. “Descobrimos um jato a ser lançado por esta estrela jovem de grande volume, o que é um sinal da existência de um disco de acreção em formação“, explicou McLeod. No entanto, para ter a prova irrefutável de que levante disco estava de facto presente, a equipa teve que medir o movimento do gás denso em torno da estrela.

Quando uma material é atraída por uma estrela em desenvolvimento, não cai diretamente sobre ela; em vez disso, achata-se num disco que gira em torno da estrela. Mais perto do meio, o disco roda mais depressivo, e esta diferença de velocidade é a pista que assinala aos astrónomos a existência de um disco de acreção.

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A frequência da radiação varia dependendo da velocidade a que o gás que emite essa radiação se move em direção a nós ou na direção direcionada“, explica Jonathan Henshaw, investigador da Universidade John Moores de Liverpool, no Reino Unificado, e coautor deste estudo. “Trata-se exatamente do mesmo fenômeno que ocorre quando o tom da sirene de uma ambulância muda ao passar por nós e a frequência do som muda de mais subida para mais baixa.

A frequência de frequência apresentada de que o ALMA é capaz de permitir aos autores honrar as rotações características de um disco, confirmando a primeira detecção de um disco em torno de uma estrela extragaláctica jovem.

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As estrelas de grande volume, porquê a que foi cá observada, formam-se muito mais rapidamente e têm vidas muito mais curtas do que as estrelas de pequena volume, porquê é o caso do nosso Sol. Na nossa Galáxia, estas estrelas massivas são notoriamente difíceis de observar, estando frequentemente obscuras pelo material poeirento a partir do qual se formaram na fundura em que um disco se está a formar à sua volta. No entanto, na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia situada a 160 000 anos-luz de intervalo da Terreno, o material a partir do qual se estão a formar novas estrelas é fundamentalmente dissemelhante da Via Láctea. Graças à menor quantidade de poeira aí presente, o HH 1177 já não está envolvido no seu casulo natal, oferecendo, por isso, aos astrónomos uma visão desobstruída, ainda que distante, da formação de estrelas e planetas.

Estamos numa era de rápidos avanços tecnológicos no que diz saudação às instalações astronómicas“, conclui McLeod. “Ser capaz de estudar porquê é que as estrelas se formam a distâncias tão incríveis e numa galáxia dissemelhante é realmente muito luzidio.

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Observatório Europeu do Sul

Fonte

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