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O segundo lote de documentos relativos ao processo legítimo que acusa de tráfico sexual o magnata Jeffrey Epstein foi desclassificado esta quinta-feira, tendo sido tornado público pelo tribunal do Região Sul de Novidade Iorque. Trata-se de 19 documentos, num totalidade de 327 páginas, um número menor face às 943 reveladas na quarta-feira, não se conhecendo, até à hora de publicação deste item, muitos detalhes sobre os mesmos. Mas já há uma certeza: o nome do macróbio Presidente norte-americano, Bill Clinton, é novamente referido.
Numa troca de e-mails entre a jornalista do Daily Mail, Sharon Churcher, e uma das principais denunciantes de Jeffrey Epstein, Virginia Giuffre, a segunda escreveu que o ex-Patrão de Estado norte-americano entrou na redação da norte-americana Vanity Justo e “ameaçou-os para não escreverem artigos sobre tráfico sexual do seu bom colega Jeffrey Epstein”.
Em meados de 2010, Virginia Giuffre tentou publicar um livro sobre os abusos sexuais e pediu ajuda a Sharon Churcher, que aconselhou a denunciante a deixar que a Vanity Fair o publicasse. Agora, Giuffre manifestou várias dúvidas, justamente por motivo da suposta ameaço de Bill Clinton.
Ao Telegraph, o macróbio editor da Vanity Fair, Graydon Carter, decidiu o texto das acusações, garantindo “categoricamente” que as ameaças de Bill Clinton “não aconteceram”.
Outrossim, a CNN internacional apurou que um dos documentos também desclassificados esta quinta-feira é relativo ao detetive Joseph Recarey, que garantiu que Jeffrey Epstein e a ex-namorada e socialite britânica, Ghislaine Maxwell, recrutaram mulheres para “fazer massagens e trabalhar em lar de Epstein”. A um jurista, o detetive revelou que falou “com tapume de 30 mulheres” que teriam sido contratadas para essas funções.
Recorde-se que a inclusão dos nomes na lista não implica que tenha alguma infração dessas pessoas, ou que tenham sido acusadas de atos ilícitos relacionados com o magnata (na lista constam até jornalistas que fizeram reportagens sobre os casos).
Nos documentos revelados na quarta-feira, foram referidos os nomes do Príncipe André de Inglaterra, dos antigos presidentes norte-americanos Bill Clinton e Donald Trump, do cantor Michael Jackson, do mágico David Copperfield e do físico Stephen Hawking.
Estes documentos fazem segmento de uma ação judicial intentada contra Ghislaine Maxwell, em 2015, por Virginia Giuffre. Epstein morreu em 2019, enquanto julgava julgamento numa prisão federalista por acusações de envolvimento numa rede de tráfico sexual. A motivo da morte, oficialmente declarada um suicídio, expressou dúvidas junto à opinião pública e de pessoas próximas do caso.