CNN
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O Brasil sofreu sua primeira guião em mansão nas eliminatórias para a Despensa do Mundo na terça-feira, com a Argentina vencendo por 1 a 0 em uma noite de violência e caos no icônico estádio do Maracanã.
A cabeçada do zagueiro Nicolas Otamendi aos 63 minutos garantiu três pontos históricos para a Argentina e condenou o Brasil à terceira guião consecutiva nas eliminatórias, pela primeira vez na história da Seleção.
Porém, a partida foi ofuscada pela violência nas arquibancadas que atrasou o início das eliminatórias para a Despensa do Mundo.
Posteriormente o início da pendência entre os dois grupos de torcedores – que estavam sentados juntos em uma extremidade do estádio – durante os hinos nacionais, a polícia brasileira interveio para reprimir a violência, mas sua abordagem violenta com os torcedores argentinos enfureceu Lionel Messi e o restante da seleção pátrio.
O atacante do Inter Miami primeiro conduziu seus companheiros até a arquibancada onde ocorria o conflito e implorou à polícia e aos torcedores argentinos – alguns dos quais foram vistos jogando assentos rasgados nos seguranças – por calma.
Algumas fotos mostram crianças chorando nas arquibancadas, com uma mulher carregando uma muchacho nos braços enquanto tenta subir nos assentos e se distanciar da violência.
Em um momento marcante, o goleiro do Aston Villa, Emi Martinez, subiu na arquibancada e puxou o braço de um policial para tentar impedi-lo de usar seu vara em um torcedor prateado.

Messi logo conduziu o time para fora do campo e de volta aos vestiários, onde permaneceu por 10 minutos. A partida finalmente começou com 30 minutos de delongado.
Em enviado publicado em seu site, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) disse que torcedores mistos são “padrão” em jogos organizados pela FIFA – entidade que rege o futebol mundial – e pela CONMEBOL, entidade que rege o futebol sul-americano.
“Nascente não é um protótipo inventado ou imposto pela CBF”, acrescenta o enviado. A CBF disse que 1.050 seguranças privados e 700 policiais militares “trabalharam para prometer a partida”.
“Portanto, a CBF reafirma que o projecto de ação, segurança e operação da partida foram rigorosamente seguidos, aprovados pela Polícia Militar do RJ e demais autoridades.”
O presidente da FIFA, Gianni Infantino, disse na quarta-feira que “não há absolutamente nenhum lugar para a violência” no futebol.
“Tais eventos, porquê os vistos durante as eliminatórias da Despensa do Mundo entre Brasil e Argentina, no estádio do Maracanã, não têm lugar em nosso esporte ou sociedade”, disse ele em enviado.
“Sem exceção, todos os jogadores, torcedores, funcionários e dirigentes devem estar seguros e protegidos para gozar e jogar futebol, e apelo a todas as autoridades relevantes para garantirem que isso seja respeitado em todos os níveis.”
A Polícia Militar do Brasil disse em enviado que seus policiais estavam “envolvidos em uma pendência entre torcedores”, acrescentando que oito pessoas foram presas, incluindo uma mulher por supostamente exorbitar racialmente de um trabalhador do Maracanã.
A CONMEBOL e a federação argentina de futebol não responderam imediatamente aos comentários da CNN.
“A verdade é que leste grupo continua a ocupar coisas históricas, mais uma vez”, disse Messi aos repórteres em seguida a partida, por Reuters. “É evidente que no início foi ruim porque vimos porquê eles batiam nas pessoas.
“Você pensa na família, nas pessoas que estão lá, que não sabem o que está acontecendo e estamos mais preocupados com isso do que em jogar uma partida. Nesse ponto a partida era secundária.

“Depois disso, vencer leste jogo porquê leste penso ser uma das vitórias mais importantes que leste grupo conseguiu. É muito bom poder vencer cá no Brasil, depois do quão potente eles têm sido em mansão ao longo de sua história.”
Em mais uma reviravolta inesperada no final da noite, o técnico prateado Lionel Scaloni colocou em incerteza sua posição porquê técnico da seleção pátrio.
“Preciso pensar muito sobre o que vou fazer”, disse Scaolini aos repórteres. “Não é um adeus nem zero, mas preciso pensar porque a fasquia está muito subida. É complicado continuar.
“É difícil continuar vencendo e esses caras dificultam. É hora de pensar dessa vez, vou descrever ao presidente, vou descrever aos jogadores. Esta equipe precisa de um treinador que tenha toda a pujança verosímil.”
A vitória mantém a Argentina na liderança das eliminatórias para a Despensa do Mundo, enquanto o Brasil está agora em sexto lugar e não vence há quatro partidas sob o comando do técnico interino Fernando Diniz, que recentemente levou o Fluminense à glória na Despensa Libertadores.

São 18 rodadas no sistema sul-americano de eliminatórias para a Despensa do Mundo, com as seis melhores seleções avançando para o evento de 2026, enquanto o sétimo posto irá para o torneio play-off da FIFA, que envolverá seis países de outros continentes.
Duarte Mendonça, da CNN, contribuiu com reportagem.