Os angolanos estão expectantes e ansiosos à espera da hora do jogo porque acreditam numa vitória da selecção dos Palancas Negras frente à Nigéria, que passarão às meias-finais da competição.
Nas ruas, nos táxis, nos locais de trabalho e nos mercados, a conversa é só sobre o jogo desta sexta-feira no CAN e os jogadores porquê Gelson Dala, Mabululu, Gilberto “Gibele”, Zito Luvumbo e Fredy, são os favoritos para desestabilizar a resguardo da Nigéria.
Para os nigerianos, nascente jogo significa uma desforra, pois os angolanos fugiram do campeonato do mundo.
Os nigerianos têm até agora a melhor resguardo da competição, com exclusivamente um golo sofrido, enquanto os angolanos têm um dos melhores ataques, com nove golos marcados.
Gelson Dala é o segundo melhor marcador do Campeonato Africano das Nações (CAN), com quatro golos apontados, e é um dos atletas de luxo no ataque dos Palancas.
Apesar de a história provar que a Nigéria é uma das grandes selecções africanas, no presente, essa glória esvai-se nos resultados obtidos nas últimas competições internacionais, com menos exuberância no “placard”.
No confronto direto entre Super-Águias e Palancas Negras, o jogo de memória infeliz para os nigerianos foi em 2005, para o Mundial da Alemanha, em que os angolanos deixaram, com uma vitória em Luanda por 1-0, e um empate em Lagos por, os nigerianos em mansão.
Em caso de vitória, Angola poderá fazer história, pois chegará pela primeira vez às meias-finais do CAN.
“Angola vai lucrar porque a Nigéria no seu melhor momento futebolístico, com grandes nomes do futebol africano e mundial, porquê “Jay-Jay” Okocha e Nwankwo Kanu, nunca nos ganhou, não será agora”, assegura, esperançoso, Luís Bastos, do qual o pensamento é partilhado por centenas de adeptos.
Outros confiantes que desta vez Angola vai fazer história no CAN e que chegará mais longe, ou seja, ao final.
Esta partida, para além do confronto entre angolanos e nigerianos, vai apor ainda os dois técnicos portugueses, Pedro Gonçalves, da selecção de Angola e José Peseiro, da selecção da Nigéria.
Para o duelo desta sexta-feira, os Palancas Negras vão racontar com o pedestal nas bancadas do Estádio Félix Houphouet-Boigny com mais de 400 adeptos que nas primeiras horas de hoje viajaram de Luanda para Abidjan, para, no terreno, concordar a selecção, numa iniciativa do Movimento Vernáculo Instintivo, do Banco BIC e da TAAG.
Para chegar aos quartos-de-final, os angolanos venceram nos “oitavos” a Namíbia por 3 – 0, ao passo que a Nigéria derrotou os Camarões por 1 – 0.
A par do jogo entre Angola e Nigéria, esta sexta-feira, o segundo duelo do dia, às 21h00, vai contra a República Democrática do Congo (RDC) na Guiné, no Estádio Olímpico Alassane Ouattara.
No sábado, vão jogar as selecções do Mali e da Costa do Marfim, às 18h00, e às 21h00, as selecções de Cabo Virente e da África do Sul.
Em caso de vitória frente à Nigéria, Angola enfrentará o vencedor do jogo Mali e Costa do Marfim, ao passo que o vencedor do jogo RDC – Guiné Conacri irá enfrentar o vencedor da partida Cabo Virente – África do Sul.
A possibilidade dos dois lusófonos, Angola e Cabo Virente, se defrontarem neste Campeonato Africano das Nações, será exclusivamente na final, caso os dois vençam as partidas dos quartos-de-final e das meias-finais.