“Acho que, culturalmente, é uma forma muito dissemelhante de ver a morte, mas acho que também é uma forma muito saudável de ver a morte”, disse Adrian Molina, cocriador e coautor do filme “Coco”. em entrevista ao Notícias Telemundo. “Todos nós perdemos alguém e nos ajudou a fazer as pazes (com a perda) pensar que essa pessoa ainda está conosco.”
E para as crianças que não conheceram membros importantes das suas famílias, a tradição do altar dos mortos é uma oportunidade de ouvir as suas histórias e abordar as preocupações sobre a morte.
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“O altar dos mortos incentiva essas conversas e, porquê pais, devemos estar preparados para responder às perguntas das crianças”, disse Andrea Menchaca, moradora de Monterrey, no setentrião do México, que costuma destinar o altar ao pai, falecido em 2003. .
“Ao colocar a foto do meu pai e outras coisas, abre-se uma conversa sobre quem ele era, já que não o conheciam”, disse ela referindo-se aos filhos, de 11 e 9 anos. “Também abre a conversa sobre a morte: querem saber por que ele morreu, porquê morreu e o que senti. Você diz a eles que isso te machuca muito porque você nutriz muito a pessoa, mas também agradece por tudo que viveu.”
Um filme ajudou a ‘regularizar’ um ritual familiar
Lima, que também é poetisa, disse que festejar o Dia dos Mortos a ajudou a se conectar com suas raízes mexicanas. Porém, quando ela era pequena, antes da comemoração se popularizar, alguns vizinhos não entendiam. “Muitos eram do setentrião do México e não comemoraram. Outros, também por orientação religiosa, achavam que era bruxaria”, disse ela.
Ela disse que a mãe, que é modista, colocava um lençol em cima do altar da família nas comemorações do Dia dos Mortos, mas “acho que o filme “Coco” ajudou muito a regularizar ter um altar em morada. lutamos para encontrar os componentes do altar, coisas tão específicas porquê a flor Cempasúchil”, ou malmequeres que fazem segmento das celebrações do Día de los Muertos.
Posteriormente a morte de seu avô materno em 2016, disse Lima, a comemoração do Dia dos Mortos foi significativa, pois eles não puderam comparecer ao funeral. Procuraram uma bela foto dele e optaram por colocar uma vela azul em seu altar para lembrar seu paquete azul.
No caso das famílias que não celebram o Día de los Muertos, a vida dos falecidos também pode ser celebrada através de pequenos momentos, segundo a tanatologista Delia Salinas. “Por exemplo, na hora da repasto, se você fizer uma sopa que seu avô gostou muito, é uma boa oportunidade para conversar com as crianças sobre aquele familiar.”
Depois de ‘Coco’, uma ratificação crescente
Tanto Lima quanto Molina afirmam que depois o lançamento de “Coco” viram mais ratificação da tradição do Dia dos Mortos.
“Antes do filme, acho que muitas pessoas ansiavam por essa conexão com seus entes queridos e talvez uma conexão com sua cultura”, disse Molina. “Nós nos esforçamos muito para ajudar a invitar o público a entender o propósito da tradição… para realmente mostrar a vitalidade e o paixão dessa prática e, sim, de alguma forma normalizá-la ou ajudar as pessoas a entenderem o significado por trás desses símbolos .”
“Descobrimos que havia uma emoção muito profunda que surgia nas pessoas quando elas conseguiam sentar-se com essa teoria de ter permissão para falar sobre as pessoas de quem sentem falta, ter permissão para recontar histórias”, disse ele.
Atualmente, inúmeras cidades dos Estados Unidos realizam festivais e desfiles do Día de los Muertos para comemorar os dias 1 e 2 de novembro. Cidades porquê Houston, San Antonio e Corpus Christi, no Texas, exibem altares e convidam as pessoas a participar das diferentes celebrações. Em Los Angeles, os altares são montados com oferendas e os espaços públicos são decorados com flores e confetes Cempasúchil.