Comitê de Ética da Câmara vota para divulgar relatório de Matt Gaetz #ÚltimasNotícias

O Comitê de Ética da Câmara dos EUA votou pela divulgação de seu relatório sobre o ex-deputado republicano Matt Gaetz, disseram duas fontes familiarizadas com o assunto à parceira americana da BBC, CBS News.

O relatório segue uma investigação de anos sobre alegações de má conduta sexual e uso de drogas ilícitas. A previsão é que seja lançado nos próximos dias.

Os republicanos da Câmara bloquearam anteriormente os esforços democratas para revelar os resultados do relatório ao ex-representante da Flórida, mas durante uma votação em 5 de dezembro, dois republicanos votaram pela divulgação do relatório, de acordo com a CBS.

Gaetz, que negou qualquer irregularidade, disse na quarta-feira: “Fui acusado de nada: TOTALMENTE EXONERADO. Nem mesmo de violação de financiamento de campanha. E as pessoas que me investigavam me odiavam”.

Ele acrescentou: “Em vez disso, a House Ethics publicará um relatório online que não tenho oportunidade de debater ou refutar como ex-membro do órgão”.

Gaetz renunciou ao Congresso no mês passado depois que o presidente eleito, Donald Trump, disse que o nomearia para liderar o Departamento de Justiça dos EUA.

Mas ele retirou seu nome da consideração para o cargo apenas uma semana depois, após uma reação negativa de democratas e republicanos e um debate sobre a divulgação do relatório do comitê.

Gaetz disse na época que esperava evitar uma “briga desnecessariamente prolongada em Washington”.

Desde então, o homem de 42 anos disse que não retornará ao Congresso para o próximo mandato, em vez disso lançará um novo programa na One America News Network, alinhada a Trump, em janeiro.

O comitê de ética se recusou a comentar a notícia de que havia votado pela divulgação do relatório, divulgada pela primeira vez pela CNN.

Anteriormente, o governo disse que Gaetz estava sob investigação por má conduta sexual, uso de drogas ilícitas e suborno.

Uma mulher que compareceu com ele a uma festa em 2017 testemunhou à comissão da Câmara que viu o então congressista fazendo sexo com um menor, segundo o advogado da mulher.

O mesmo advogado alegou que Gaetz pagou a esta testemunha e a outra mulher para fazerem sexo com ele.

No mesmo post do X na quarta-feira, Gaetz escreveu: “É constrangedor, embora não criminoso, que eu provavelmente tenha festejado, sido mulherengo, bebido e fumado mais do que deveria antes na vida.

Ele negou repetidamente qualquer irregularidade e descreveu a investigação sobre ele como uma “campanha de difamação”.

O Departamento de Justiça – que Trump inicialmente escolheu Gaetz para liderar – também investigou uma alegação de que ele fez sexo com uma menor, mas acabou não apresentando nenhuma acusação criminal contra ele.

Joel Greenberg, antigo amigo de Gaetz, foi a única pessoa acusada na investigação de tráfico sexual do Departamento de Justiça. Ele cooperou com os investigadores e supostamente contou aos promotores informações sobre vários outros, incluindo Gaetz.

Greenberg está atualmente cumprindo uma sentença de 11 anos de prisão depois de concordar em se declarar culpado de várias acusações federais, incluindo tráfico sexual de menores, fraude eletrônica, perseguição, roubo de identidade, produção de carteira de identidade falsa e conspiração para fraudar o governo dos EUA.