A Pitchfork, que já foi um bastião cultural da sátira músico, será fundida com a revista masculina GQ, levando a demissões na publicação online, de pacto com um memorando de Anna Wintour, diretora de teor da Condé Nast, sua empresa-mãe.
“Essa decisão foi tomada posteriormente uma avaliação cuidadosa do desempenho da Pitchfork e do que acreditamos ser o melhor caminho a seguir para a marca, para que nossa cobertura músico possa continuar a prosperar dentro da empresa”, escreveu a Sra. entregue aos funcionários na quarta-feira.
Entre as vítimas da fusão estava Puja Patel, editor-chefe do site desde 2018, que substituiu o fundador do Pitchfork, Ryan Schreiber.
“Tanto a Pitchfork quanto a GQ têm maneiras únicas e valiosas de abordar o jornalismo músico”, disse a Sra. Wintour, “e estamos entusiasmados com as novas possibilidades juntos. Com essas mudanças organizacionais, alguns de nossos colegas da Pitchfork deixarão a empresa hoje.”
O memorando foi postado nas redes sociais por um repórter da Semafor na quarta-feira e posteriormente divulgado pela Condé Nast. Um representante da Condé Nast não quis expor quantas pessoas foram demitidas.
Schreiber lançou o Pitchfork quando era jovem em Minneapolis, em 1996. O nome era uma referência a uma tatuagem usada por Tony Montana, personagem de Al Pacino no clássico filme “Scarface”.
Nos anos seguintes, a Pitchfork se consolidou porquê uma instituição criadora de paladar. Uma publicação prolífica que poderia fazer ou quebrar o lançamento de um artista – muito sabido ou não – com críticas contundentes ou elogios volumosos, tornou-se uma escolha à Rolling Stone para um público ávido por um sabor mais indie.
Um exemplo: o veículo deu ao álbum de 2000 do Sonic Youth, “NYC Ghosts & Flowers”, uma classificação de zero em 10.
“Agora, finalmente, minha geração tem seu ‘Metal Machine Music’ – um álbum insondável que será ouvido nas quadras de squash e nas noites de microfone crédulo do inferno mais profundo”, escreveu Brent DiCrescenzo na era.
Ou, em uma sátira entusiasmada, a escrita pode se desviar para o abstrato, porquê acontece com as frases de introdução de uma sátira 9,7 do álbum “Funeral” do Arcade Fire, que ajudou a filarmónica a chegar ao mainstream.
“A nossa geração é dominada pela frustração, inquietação, pavor e tragédia”, escreveu David Moore. “O susto é totalmente esparso na sociedade americana, mas mesmo assim conseguimos edificar as nossas defesas de forma subtil – zombamos dos níveis de “ameaço” arbitrários e codificados por cores; recebemos nossas informações de comediantes e rimos de políticos.”
O site teve críticas ao longo dos anos, com reclamações de que algumas de suas análises eram desnecessariamente maldosas ou simplesmente erradas.
Em alguns casos, a Pitchfork optou por fazer tudo de novo. O álbum autointitulado de Liz Phair recebeu zero do crítico Matt LeMay quando foi lançado em 2003. Dezesseis anos depois, o Sr. LeMay se referia à sua sátira porquê “condescendente e mesquinha”.
Em 2021, o álbum de Phair foi um dos vários que ganhou outro visual do Pitchfork – desta vez com nota 6.
A Condé Nast adquiriu a Pitchfork em 2015. Fred Santarpia, diretor do dedo da Condé Nast na era, disse logo que a Pitchfork trouxe consigo “um público muito enamorado de homens da geração Y para nossa lista”.
Com a subida do streaming de música, das redes sociais e dos podcasts, a Pitchfork perdeu secção do prestígio cultural que possuía há duas décadas. E, tal porquê muitas empresas de notícia social, a Condé Nast, dos quais portfólio inclui a The New Yorker, a Vanity Fair e a Vogue, tem lutado para permanecer rentável face aos cortes na publicidade.
Em Novembro, a Condé Nast anunciou que iria despedir 5% da sua força de trabalho, muro de 270 funcionários.