Março 25, 2025
Convenção da AD.  Nuno Melo compara voto no PS a “comprar bilhete para o Titanic”

Convenção da AD. Nuno Melo compara voto no PS a “comprar bilhete para o Titanic”

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Foi um exposição necessário de críticas ao PS aquele que marcou o início dos trabalhos da convenção da Confederação Democrática, no Meio de Congressos do Estoril. Todavia, na sua mediação, Nuno Melo tratou também de deixar uma resposta à extrema-direita, em concreto ao Chega de André Ventura, que no sábado associou a ingresso do ex-dirigente do PSD Maló de Abreu nas listas do seu partido ao insatisfação com o posicionamento da coligação pré- eleitoral.

Melo instou mesmo o líder do Chega a não “tresler o pensamento dos outros” e a “deixar de ser o coligado útil das esquerdasdisponível para apresentar moções de exclusão a oriente governo da AD, para dar a mão ao PS, ao Conjunto de Esquerda, à CDU, ao PAN e ao Livre”.“Perceba quais são as prioridades em Portugal. Porque nós disso não culpa nenhuma confusão”, vincou Nuno Melo, dirigindo-se a André Ventura.

“O único governo que a Confederação Democrática vai viabilizar depois de 10 de março vai ser o governo da AD quando vencermos as eleições, contados todos os votos”quis logo ser nubente do presidente do CDS-PP.

“Vai ser o único governo que vamos viabilizar”, insistiu.

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Ainda segundo o líder dos democratas-cristãos, a vitória da Confederação Democrática nas legislativas antecipadas é “uma questão de interesse vernáculo, muito mais do que o interesse do Partido Social Democrata e do CDS-PP”.

AD “não é coisa do pretérito”
Outra teoria defendida por Nuno Melo neste exposição foi a de que a Confederação Democrática “não é coisa do pretérito, é coisa do presente”uma vez que, exemplificou, PSD e CDS-PP estão coligados em bolsas de autarquias e na Madeira e nos Açores.

“E vai medir-se no próximo dia 10 de março no governo de Portugal”, anteviu.

Recorde-se que na semana passada, em entrevista à CNN, Nuno Melo afirmou tutelar que “quem ganha deve governar”. Questionado sobre se a AD deveria viabilizar um eventual governo minoritário do PS, mesmo verificando-se uma maioria de centro-direita, o líder do CDS-PP retorquiu: “É o que eu defendo, o que reclamo para a coligação deve ser aplicada a todos os outros, falo por mim enquanto presidente do CDS-PP”.

Criticado por André Ventura, Nuno Melo emitiu no sábado um enviado a acusar o líder do Chega de “tresler o pensamento alheio”.

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“Em condições normais quem vence deve governar. mas a AD não viabilizará um governo de esquerda, em primeiro lugar porque vencerá as eleições e em segundo lugar porque a normalidade desapareceu quando o PS governou tendo perdido as eleições e Pedro Nuno Santos esclareceu que não viabilizará um governo à sua direita, abrindo as portas à sua direita uma geringonça 2.0, que seria um sinistro para Portugal. As regras têm de ser iguais para todos”, propôs no sábado o presidente do CDS-PP.

“Rombo permanente nas finanças públicas”
Entre as críticas aos adversários no exposição deste domingo, que disse saber “muito muito” quem são, Nuno Melo comparou Mariana Mortágua e André Ventura a José Sócrates.

“O Conjunto de Esquerda e o Chega garantiriam um rombo permanente nas Finanças Públicas. Em geral, a Mariana Mortágua e o André Ventura têm capacidade para levar Portugal à secretária rotativa tal uma vez que José Sócrates. Só que mais rápido”lançado.

Mas o verdadeiro opoente que a Confederação Democrática “tem de itinerário” é o PS. “A melhor avaliação do Governo socialista foi feita por Pedro Nuno Santos quando disse não quero mais ver Portugal a impelir os pés”, citou Melo, referindo-se ao exposição do novo secretário-geral do PS quando venceu as eleições internas em dezembro.

Nuno Melo enfatizou que “quem manteve Portugal a impelir os pés durante oito anos não vai ser agora capaz de os pôr a passar e a saltar obstáculos”.

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Nas palavras de Nuno Melo, se já antes o Partido Socialista não merecia lucrar as eleições, “agora merecia perder as eleições por razão de princípio e por razão de probidade”. Aliás, reforçou, o PS não se definiu “pelos últimos dois meses”, mas “pelos oito anos de governo”.

“É pelos oito anos que o Partido Socialista não merece lucrar as eleições”insistiu.

c/ Lusa

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