“Esta solução permitirá não colocar em pretexto a ininterrupção do caminho de sucesso que temos vindo a percorrer e a realização do programa do Governo autenticado na Reunião Legislativa da Madeira”, declarou.
“Foram as estatísticas, porque quando eu disse que não me demitiu tinha um quadro de firmeza parlamentar que permitia governar. Uma vez que esse quadro se alterou, eu tenho de pensar na Madeira e na firmeza e no progresso do nosso povo”, afirmou.
Albuquerque refere-se à decisão do PAN, subscritor de um combinação de incidência parlamentar com os sociais-democratas, que na quinta-feira ameaçou retirar o suporte ao Governo Regional caso Miguel Albuquerque não apresentesse a destituição.
O presidente do Governo regional deixa simples, no entanto, que não prescinde, “em nenhuma situação”, dos seus direitos pessoais e mantém a sua posição “de forma muito clara”. “Mas também digo que neste momento tenho de pensar naquilo que sempre defendi ao longo da minha vida: o povo madeirense, a Madeira, o seu progresso e autonomia política”.
A pressão para se dispensar, na sequência da investigação que visa suspeitas de devassidão, tem terminado, com a oposição a pedidos de eleições antecipadas.
O presidente do Governo regional foi constituído arguido na quarta-feira e está indiciado por crimes de devassidão, tráfico de influência, agravo de poder e atentado contra o estado de recta.
Na profundidade, Miguel Albuquerque decidiu demitir-se mesmo depois de ter sido constituído arguido e prometeu pedir levantamento de isenção, garantindo que não violasse nenhuma regra nem interferiu em nenhum concurso público.