Apesar de ter morrido em 1972, o impacto de Cristóbal Balenciaga continua tão vivo porquê na fundura do seu desaparecimento. O pai espanhol, amplamente reconhecido porquê um dos mais relevantes de todos os tempos (o jornal Women’s Wear Daily escreveu, a propósito de sua morte, “O rei está morto”), é uma figura quase mítica no mundo da Voga, tanto pelos seus desenhos de elevada sublimidade técnica porquê pela pureza de formas que imprimiu à silhueta feminina — um rabi da Subida-Costura para quem o tecido e o golpe eram tão importantes porquê o conforto ea autoconfiança. É justamente sobre ele que se estreia na novidade série da Disney+, Cristobal Balenciagaque ao longo de seis episódios nos dá a saber um pouco mais da história do incontornável costureiro. A trama tem início com a apresentação da primeira coleção em Paris, em 1937, depois de uma trajetória de sucesso nos seus ateliês de Madrid e San Sebastian, onde vestia a escol e a fidalguia espanhola. Só que as tendências e os gostos da cidade luz são diferentes dos da sua terreno natal, e as propostas que antes eram aplaudidas são agora ignoradas…

A Companhia Walt Disney | David Herranz
Dezenas de modelos reproduzem o legado do costureiro, um trabalho que ficou a missão de Miren Arzalluz, atual diretora do Palais Galliera e perito na obra de Cristóbal, e de Bina Daigeler, figurinista nomeada aos Óscares por Mulan. Foi precisamente com esta última que falámos, com o intuito de saber porquê foi replicar o guarda-roupa de um dos nomes mais importantes da história da Voga — e o que significou gerar uma linguagem estética para todos os personagens que habitaram estes episódios. “Senti uma grande responsabilidade, porque ele foi um dos maiores designers e significa muito para mim ser responsável por um projeto sobre suas criações e sua vida. Mas também senti uma enorme alegria porque foi um prazer estudar os seus esboços e recria-los. Tive entrada ao registro da lar Balenciaga, em Paris, e ao registro do Palais Galliera, e isso me ajudou muito, vi todos os livros e tudo o que era provável ver sobre ele.” E foi depois dessa profunda submersão no universo de Cristóbal que surgiram os desafios. “Tentar encontrar os tecidos certos. Balenciaga é conhecida pelos seus cortes arquitetônicos e o peso dos tecidos era muito importante, e nos dias que correm é muito difícil de encontrar [tecidos assim]. Isso implicou uma enorme pesquisa nas fábricas. Só depois disso é que começamos a edificar os protótipos e a ver porquê é que ele fazia as peças.”

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Além da complicação das tecnologias, outros desafios foram o tempo. Recriar o período áureo da Subida-Costura é uma missão complicada (pequeno parêntesis para sublinhar que a série se estende por décadas muito distintas, os anos 1930—1970, em cidades com motivações totalmente diferentes, Madrid e Paris). Ao contrário do pronto-a-vestir, nenhum pormenor pode ser deixado ao eventualidade. E cá entra a exigente pressa do mundo contemporâneo, com os seus prazos impossíveis de satisfazer: restringir a agenda do troada, a premência de encontrar, rapidamente, um padrão manifesto para cada vestido. “Foi um trabalho intenso, mas muito criativo”, garante Daigeler, que teve quatro meses antes das gravações começarem para preparar tudo, e cá entra também uma secção importante, que é compreender as peças que serão reeditadas. Não é provável fazer um Baby doll, por exemplo, uma das peças mais vanguardistas de Balenciaga — e um espelho da idade em que surgiu —, sem pensar no que teria pensado o pai quando o inventou. Foi esse trabalho, de estudo profunda, que também passou pela agulha de Bina Daigeler.

A Companhia Walt Disney | David Herranz

A Companhia Walt Disney | David Herranz
A Companhia Walt Disney | David Herranz
A figurinista assume que seria impossível conseguir, sem ajuda, vestir todos os personagens da série, dos modelos que vemos na passerelle aos figurantes — seria quase porquê fazer dois projetos ao mesmo tempo. Durante o período retratado, não são unicamente as peças de Balenciaga que passam pela tela, é provável vislumbrar visual de Chanel e Dior, seus contemporâneos, o que obriga a um verdadeiro trabalho de arqueólogo — e ao recorrer a muitas lojas vintage, fundamentais neste tipo de produção. De convénio com Daigeler, a ajuda do seu co-designerPepo Ruiz Dorado, foi fundamental, uma vez que ele deixou “em boas mãos” os detalhes relativos ao guarda-roupa de boa secção do elenco. E apurar o verdadeiro sentido da sua missão: ser o espelho de uma idade. “É isso que um figurinista faz. Tentamos não unicamente vestir as pessoas, mas também refletimos nas roupas todos esses detalhes [da época em questão], todas essas emoções. Essa é a secção maravilhosa do nosso trabalho.”

A Companhia Walt Disney | David Herranz
Cristobal Balenciaga é uma minissérie de seis episódios criada por Lourdes Iglesias, Aitor Arregi, Jon Garaño e Jose Mari Goenaga, e é protagonizada por Alberto San Juan, vencedor de dois prêmios Goya. Tem um elenco internacional que dá vida a personagens exclusivamente curiosos do século XX, porquê Anouk Grinberg (Coco Chanel), Gabrielle Lazure (porquê Carmel Snow, diretora da Harper’s Bazaar americana), Patrice Thibaud (porquê Christian Dior) ou Anna-Victoire Olivier (no papel da atriz Audrey Hepburn). A margem sonora ficou a missão do premiado compositor Alberto Iglesias.
Disponível a partir de hoje no Disney+
