O piloto espanhol Carlos Sainz (Audi) igualou esta sexta-feira o finlandês Ari Vatanen com quatro triunfos no rali Dakar de todo-o-terreno, depois de ter confirmado a vitória na categoria dos automóveis.
Aos 61 anos, o piloto espanhol, idoso bicampeão mundial de ralis, concluiu as 12 etapas da prova disputada na Arábia Saudita com o tempo de 48h15.18 horas, deixando o belga Guillaume de Mevius (Toyota) na segunda posição, a 1h20.25 horas, com o galicismo Sébastien Loeb (BRX) em terceiro, a 1:29,12 horas.
Com esta vitória, Sainz, que já tinha vencido as edições de 2010 (com a VW), de 2018 (Peugeot) e 2020 (Mini), tornou-se no primeiro piloto a vencer a prova por quatro marcas diferentes e igualou as quatro vitórias do finlandês Ari Vatanen, que triunfou em 1987, 1989, 1990 e 1991.
À sua frente na lista dos mais vitoriosos de sempre estão unicamente o catariano Nasser Al-Attiyah (BRX), com cinco (2011, 2015, 2019, 2022 e 2023) e o galicismo Stephane Peterhansel, que soma 14 triunfos, oito deles em quatro rodas (2004, 2005, 2007, 2012, 2013, 2016, 2017 e 2021).
Aos 61 anos, é o vencedor mais velho na categoria dos automóveis.
“A chave está no dia a dia. É uma corrida em que se falta um dia, vais para vivenda”, explicou, no final.
A 12.ª e última lanço da prova, em torno de Yanbu, com 174 quilómetros cronometrados, foi ganha pelo galicismo Sébastien Loeb (BRX), que fechou a prova uma vez que o mais vitorioso, com cinco triunfos nas 12 etapas disputadas.
Na categoria dos automóveis, o navegador português José Marques, que acompanha o lituano Gintas Petrus (Mini), foi 50.º.
Ainda nas quatro rodas mas nos veículos ligeiros, João Ferreira (Can Am) fechou a sua segunda participação na quinta posição, às 1h18.52 horas do vencedor, o galicismo Xavier de Soultrait (Polares). O conde galicismo viu sua liderança ameaçada por uma penalização de 10 minutos por não ter deixado passar a norte-americana Sara Price (Can Am), na lanço da véspera, quando ela acionou, por duas vezes, o mecanismo de segurança.
O navegador português Fausto Mota, que acompanhou o piloto brasílico Cristiano Batista (Can Am), terminou na sétima posição.
Na categoria Challenger, a espanhola Cristina Gutierrez (Red Bull) fez história, ao vencer a categoria pela primeira vez, com o leiriense Ricardo Porém (MMP) na oitava posição final, perdendo um lugar no último dia devido a problemas mecânicos.
“Foi um grande balde de chuva fria. Sabíamos que para satisfazer o nosso objetivo tínhamos de ter qualquer tipo e, na verdade, acabámos por ter qualquer contratempo. O coche teve problemas mecânicos no último dia, depois de se ter mostrado fiável ao longo das 11 etapas. As corridas são assim, mas é bastante frustrante terminar a prova desta maneira”, disse o idoso campeonato vernáculo, que espera continuar a participar no Campeonato do Mundo.
Nesta categoria, dedicada aos veículos ligeiros protótipos, João Monteiro (Can Am) fechou na 13.ª posição, com Mário Franco (Can Am) em 25.º.