Há menos de um mês, à porta da Faculdade de Recta da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, André Ventura jogava do lado esquerdo da economia: enfim, o quantia “não se multiplica” e é preciso “taxar os lucros das gasolinas”. Manifesto de que se tratava de uma medida que “muitos acharão que não é de direita”, o líder do Chega não desistiu da intenção de taxar os lucros daquele setor.
“A taxa sobre os lucros das gasolinas é uma medida que muitos acharão que não é de direitanaturalmente, mas eu quero expressar às pessoas que o quantia não se multiplica nem nasce nas árvores”, disse à data André Ventura.
Esta noite, porém, no debate frente a Rui Rocha na SIC Notícias, o líder do Chega não foi capaz de identificar a sua própria medida. “Faz sentido expressar que o André Ventura quer taxar gasolinas, ou seja, os pequenos e médios postos de gasolina que estão em Portalegre e que fazem sete abastecimentos por dia”, lembrou o liberal, não sem ser interrompido por Ventura que, escondido, estaria um relatório a verdade. “Não me ouvi expressar isso”, contestou Ventura, “eu falei das petrolíferas”.
É falso que André Ventura se tenha referido às petrolíferas: foi relativamente às gasolinairas que Ventura disse querer uma taxa de 40%. Questionado sobre o peso da medida, Ventura argumentou que primeiro o partido quer “criá-la e prosseguir com ela para o poder estudar”. De valores, tinha somente uma “estimativa” que não concretizou.
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Avaliação do Polígrafo: